
Historicamente, o maior feito do futebol feminino chileno na história havia sido nas competições por clubes, quando o Colo-Colo conquistou a Libertadores Feminina 2012, o primeiro clube fora do Brasil a garantir tal taça. Até que o país sediou a Copa América 2018, quando sediou a competição e foi vice-campeão garantindo a vaga inédita no Mundial Feminino, algo que extrapolou as rivalidades clubísticas.
São sete anos de hiato entre as duas glórias, mas com uma união. Para o debute, o Chile conta com oito jogadoras e o treinador que estavam na conquista continental do Colo-Colo: a goleira Christiane Endler, as zagueiras Camila Saéz e Carla Guerrero, as meias Francisca Lara, Cláudia Soto e Karen Araya, e as atacante Yessenia Huenteo e Yanara Aedo, além do treinador José Letelier, que assumiu o selecionado em 2015. Todas as atletas partiram para experiências fora do país, principalmente na Espanha. Porém, o grande destaque do elenco é a goleira Endler, que surgiu para o continente na Libertadores 2010, quando era conhecida como Claudia e enfrentou o Santos de Marta e companhia, chamando atenção do clube que pensou em contratá-la. Desde 2017, ela é arqueira do Paris Saint-Germain, um dos mais fortes clubes da Europa.

A convocação chilena, também, trouxe dois fatos inéditos na história. O primeiro é que o Campeonato Chileno pela primeira vez tem jogadoras convocadas para um Mundial, com nove atletas de cinco clubes (Colo-Colo, Curicó Unid, Santiago Morning, Universidad Católica e Universidad de Chile). Outro fato interessante, mas para o futebol brasileiro, é que Claudia Soto, do Santos, é a primeira jogadora estrangeira que joga no Brasil a ser convocada para o torneio internacional – antes, a Guiné Equatorial convocou sete atletas que estavam no Brasil, mas todas eram brasileiras que se naturalizaram.
Tendo Estados Unidos e Suécia como adversárias, o Chile busca fazer um bom papel, mesmo que isso, seja apenas uma vitória contra a Tailândia e endurecendo os dois jogos contra as favoritas.
Elenco e time-base
(4-3-3) | Endler; Rocío Soto, Galaz, Sáez, Toro; Claudia Soto, Araya, Lara; Balmaceda, Urrutia e Zamora
Jogo da classificação
22 de abril de 2018 | Chile 4×0 Argentina
Era última rodada do Sul-Americano e quem vencesse o confronto se classificava diretamente, sendo que a Argentina lutava para o empate. Porém, o resultado demonstrou a tranquilidade imposta
Retrospecto contra os adversários
Las Chicas de Rojo nunca enfrentaram Tailândia e Suécia. O confronto contra os Estados Unidos ocorreu apenas no ano passado, quando se enfrentaram duas vezes, com duas derrotas chilenas, por 3 a 0 e 4 a 0.

Pirâmide do futebol feminino nacional
No Chile, a modalidade conta com duas divisões e 29 clubes ativos
- Primeira Divisão: Primera División – 14 clubes
- Segunda Divisão: Primera B – 15 clubes divididos em três zonais
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