Costa Rica de 2014: a surpresa com ajuda escandinava

A zebra da Copa do Mundo 2014 foi a Costa Rica. A seleção da América Central era tida como o saco de pancadas da Copa, ao lado da Austrália, mas surpreendeu e foi líder em uma chave com três campeões mundiais: Uruguai, Inglaterra e Itália. Pela quarta vez, a seleção costarriquenha disputou a Copa do Mundo e o que chamou atenção é o número de jogadores que jogavam na região escandinava: cinco jogadores. Um número inédito para a equipe, que pela primeira vez teve mais jogadores “estrangeiros” do que aqueles que jogam pela liga local (14 a 9).

Nas três edições primeiras vezes que disputou, ao todo foram apenas seis jogadores convocados de fora da Europa e nenhum da região escandinava. Mas o que aconteceu para essa mudança? Uma rede de olheiros se instalou na Costa Rica (e na Jamaica) para levar jogadores para os países escandinavos, principalmente para a Noruega, que contava com três jogadores costarriquenhos na Copa: o lateral Cristian Gamboa (Rosenborg), o meia Diego Calvo (Valerenga) e o volante Michael Barrantes (foto de capa), que virou ídolo do Aalesund.

Gamboa com a camisa do Rosenborg

“O Barrantes virou ídolo no Aalesund. Aí já viu, os caras contratam costarriquenhos achando que vão ser o novo Barrantes. Ele tá lá desde 2010. É o maior ídolo do clube. Em 2011 ele deu o segundo título do time, o da Copa da Noruega, marcando os dois gols na final”, conta Marcelo Costa, administrador do blog Futebol Central.

A lista de “escandinavos” conta também com o meio-campo Christian Bolaños, do Copenhagen e do também meio-campo Celso Borges, do AIK Solna. A lista atual têm cinco nomes, mas outros quatro já passaram pela ligas nacionais do norte europeu: os zagueiros Giancarlo González (Valerenga, Noruega – 12/13), Roy Miller (Bodo/Glint, Noruega – 05/08, Rosenborg, Noruega – 08/09 e Örgyte, Suécia – 09) e Dave Myrie (Fredrikstad, Noruega – 11); e o atacante Randall Brenes (Bodo/Glint, Noruega – 05/08) e Kongsvinger, Noruega – 08/09).

A Tippeligaen, a liga norueguesa, conta com seis costarriquenhos. Além dos três mundialistas, o Start conta com outros três locais, todos com passagem pela seleção, desde a base até a equipe principal. Bolaños é o único da liga dinamarquesa, enquanto na liga sueca, além de Celso Borges, o zagueiro Christopher Meneses joga pelo IFK Norrköping.

Essa internacionalização contribuiu com a seleção. Apesar de não estarem em grandes centros da Europa, Los Ticos garantiram vaga a Copa do Mundo com tranquilidade, com uma base de “escandinavos”.

Deixe uma resposta

Descubra mais sobre Revista Série Z

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading