A Copa do Mundo passará por um processo de aumento de seleções a partir de 2026, quando terá 48 times, 16 a mais que o atual formato. Há muitas críticas quanto ao novo modelo, ainda mais com a proposta de 16 grupos com três equipes e a consequente mudança de patamar de muitas seleções grandes (seja mundiais ou continentais), que praticamente terão vaga fixa na disputa, devido a baixa competitividade que poderá existir.
Para ter uma ideia de como é uma Copa do Mundo com 48 seleções, a Revista Série Z traz esse texto para mostrar quais seleções estariam classificadas para o Mundial, mas antes vamos explicar como será o método de entrada daqui nove anos.
Serão 46 vagas diretas (a Ásia terá oito seleções; África com nove; Concacaf com seis; América do Sul com seis; Europa terá 16 e a Oceania, uma vaga) e duas via repescagem intercontinental entre seis seleções, sendo cinco destinadas as confederações continentais, exceto Europa, e uma extra para a o continente do país-sede (nesse caso, a Europa pode entrar nessa vaga).
Com base na classificação das Eliminatórias atuais, as 46 vagas diretas seriam destinadas a essas seleções, sendo que em laranja estão as classificadas para 2018, em cinza as que disputam a repescagem intercontinental e em verde as que não conseguiram vaga para a próxima Copa.
Agora, tirando as marcações, a divisão dos potes é essa.
A repescagem intercontinental contaria com a China (57 no ranking FIFA), Guatemala (128), Paraguai (36), Ilhas Salomão (152), Grécia (47) e Zâmbia (77). O regulamento para 2026 colocará as duas equipes com melhor ranking “nas finais”, enquanto as outras quatro seleções disputam as “semifinais”, com jogos de ida e volta. Dessa forma, Paraguai e Grécia estariam nas finais. Nas semifinais, vamos colocar a seleção de melhor ranking contra a pior e a segunda contra a terceira, ou seja, China x Ilhas Salomão e Zâmbia x Guatemala. Para seguir uma lógica, vamos colocar a seleção paraguaia e grega como classificadas via repescagem. Os potes ficam assim:
E qual seria o nível dos grupos? Montamos uma simulação guiada. Colocamos as seleções do pote 1 na ordem crescente de cada grupo. No pote 2, separamos as seleções europeias e colocamos nos grupos sem europeus na sequência 16 a 1 e logo depois, na mesma ordem as seleções restantes. No pote 3 retornamos ao “do grupo 1 ao 16” e em alguns casos alternamos as seleções para não ter seleções do mesmo continente, exceto uma chave, pois a Grécia está no pote 3 (adotamos o critério de pegar uma seleção europeia do pote 1). As chaves ficaram assim:
Que fique claro que é uma entre as milhares de possibilidades que esse sorteio poderia ter, ou seja, esse Itália x Uruguai, poderia bem ser um Itália x Senegal ou Polônia x Uruguai. Não é algo único, é UMA possibilidade. Não vamos continuar a simulação da segunda fase adiante, que começará com duas equipes de cada grupo, segundo proposta.
Esse formato deixou algumas seleções competitivas fora da Copa, como Camarões, Argélia, Holanda, País de Gales e Ucrânia.
A Copa do Mundo 2018 terá dois estreantes: o Panamá e a Islândia. Caso o aumento valesse para essa edição, esse número chegaria a seis, com a adição de Burkina Faso, Uganda, Uzbequistão e Síria. A repescagem intercontinental teria Guatemala, Ilhas Salomão e Zâmbia como postulantes a novatas.
A Série Z espera que você leitor possa tirar uma melhor conclusão sobre o novo formato da Copa, a partir desse exercício de imaginação. Aproveite!
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