Debutantes da Copa do Brasil 2023: dez fatos sobre o Marcílio Dias

Em 2007, o Marcílio Dias venceu a Copa Santa Catarina, mas a competição rendia a vaga para a Série C. No ano passado, o Marinheiro voltou a conquistar a competição, que com o tempo passou a dar direito a disputa da Copa do Brasil. Fundado em 1919, o clube de Itajaí, terá (infelizmente) um confronto estadual na estreia ao enfrentar a Chapecoense. De 2001 para cá, as equipes se enfrentaram 28 vezes, com 14 vitórias da Chape, cinco empates e nove triunfos marcilistas.

Por que azul e vermelho?

Conhecido como rubro-anil, o Marcílio Dias escolheu as cores inspirada em dois clubes de… Florianópolis: o azul é do Riachuelo e o vermelho do Martinelli, duas agremiações náuticas da capital catarinense.

Quem foi Marcílio Dias?

Um homem negro, marinheiro, que morreu em meio a Guerra do Paraguai! Marcílio Dias é considerado por historiadores como um dos grandes heróis desse evento, quando lutou com quatro inimigos paraguaios, abateu dois, mas acabou tendo o braço decepado e morreu no dia seguinte ao caso, 12 de junho de 1865.

Duas décadas de espera!

Demorou 20 anos para o Marinheiro ser reconhecido oficialmente como campeão catarinense de 1963. O caso é que o torneio do ano anterior entrou pela temporada seguinte, o que fez com que a FCF realizasse o Torneio Luiza Mello para manter os times ativos, mas sem caráter de Estadual, tanto que o Metropol, então tricampeão não participou. Fato é que a disputa que começou em novembro de 1963 e terminou em março de 1964 teve o Marcílio como campeão. Apenas em 1983 que a FCF homologou a disputa como título catarinense.

O tri-vice estadual

Antes da alegria de 1963, que só pôde ser comemorada duas décadas depois, trauma era a palavra que permeou a torcida do rubro-anil, pois foram três vice-campeonatos seguidos e todos perdidos para o Metropol (Criciúma). A primeira e terceira foram definidas em quadrangular final. Em 1961, o time empatou em casa na primeira partida, venceu a segunda, por 4 a 3, mas perdeu a partida decisiva em Florianópolis.

A evolução dos escudos

O Marcílio Dias está na décima versão do escudo! Apenas a primeira versão não tem referência ao “marinheiro”.

Campeão poliesportivo

Além de várias conquistas no futebol, esporte que se estabeleceu, o Marcílio conquistou títulos no remo, desporto originário do clube que nasceu como náutico, e no tênis. Em 1925, foi campeão estadual no remo. No tênis, conquistou o Catarinense de 1945 e 1947, que não encontramos como foi a fórmula da disputa.

O único com Brasileirão

Dos seis clubes debutantes na Copa do Brasil 2023 (Athletic, Iguatu, Camboriú, Falcon e São Francisco), o Marcílio Dias é o único com participações em divisões do Campeonato Brasileiro. A equipe esteve nas edições da Série B 1986 (Torneio Paralelo), 1989 e 2000 (Copa João Havelange), com mais oito Séries C e cinco disputas de Série D.

Participação “escondida” na primeira Série C reformulada

Poucos podem lembrar, mas o Marinheiro esteve na primeira edição da Série C da era moderna, onde se tornou a penúltima divisão nacional. A equipe garantiu vaga ao chegar na terceira fase da Série C 2008. A campanha na edição seguinte foi péssima, terminando com a pior campanha geral, com três pontos, com uma vitória em oito jogos. Contra o Criciúma, fora de casa, pela 4ª rodada, o time fez 4 a 1, com gols de Charles (2x), Leandro Costa e Lira.

O time do Marcílio na vitória contra o Criciúma


Márcio Kessler; Rafael Tesser, Everton (Vasconcelos), Vitor e Tiago Soler; Pepo (Anderson Pedra), Rogério Souza (Anderson Cristo), Celico e Lira; Leandro Costa e Charles | Técnico: Ronaldo Alfredo

O Estádio Hercílio Luz

Dois anos depois de ser fundado, a direção decidiu pela construção de um estádio próprio. O nome é em referência a Hercílio Pedro da Luz, governador de Santa Catarina por três períodos (1894-1898, 1918-1922 e 1922-1924), que cedeu o terreno para a construção da cancha, que é considerada como mais antiga das que recebem jogos do futebol profissional estadual.

O Marcílio Dias em 2023

Após conquistar a Copa Santa Catarina, Rogério Corrêa – que como jogador foi campeão brasileiro de 2001 pelo Athletico – se manteve no cargo para a estreia na Copa do Brasil e buscar a vaga na Série D 2024. O primeiro compromisso foi a Recopa Catarinense, quando perdeu a disputa no clássico contra o Brusque, por 1 a 0. No Estadual, a campanha é abaixo com duas vitórias, dois empates e quatro derrotas, fora do G-8 até o fechamento do texto. O elenco tem nomes conhecidos como o goleiro Rafael Pin (Inter de Limeira), o lateral Luis Ricardo (Portuguesa, São Paulo e Botafogo), o volante Tinga (Palmeiras), o atacante Rodrigo Pimpão (Botafogo e Vasco) e o centroavante Rafael Costa (Avaí e Ceará).

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