Meio de ano é o momento que os bastidores do futebol são mais falados do que o campo, pois o mercado de transferências está aberto e até o último minuto pode ter milhões sendo depositados em contas de clubes para fechar o elenco com a aquele nome que faltava (ou que sobrou das opções que queriam). Mas não apenas de grandes clubes que se vive o mercado. Nós fomos atrás de contratações que podem ser consideradas aleatórias pelo histórico dos jogadores que vamos trazer nessa lista. São muitos jogadores de renome que foram para o lado alternativo do futebol!
Cesc Fàbregas – Como
É difícil não fazer um trocadilho com o nome do clube e a chegada do campeão do mundo de 2010! Porém, as coisas se explicam de maneira mais tranquila quando sabemos que Cesc é um dos novos acionistas do clube, que posteriormente teve a chegada de Thierry Henry como mais um sócio. Além disso, ele se prepara para se tornar técnico do clube da segunda divisão italiana.

Jasper Cillessen – NEC Nijmegen
Esse foi dos movimentos mais aleatórios do mercado de transferências europeu! A ida do goleiro tem dois pontos importantes: a Copa do Mundo 2022 e o clube que o revelou para o futebol, onde se destacou em 2010/11. O período que passou pelo Valencia teve mais baixos que altos, o que fez com que ele tenha decidido ganhar minutos e acolhimento.

Burak Yilmaz – Fortuna Sittard
Essa foi das primeiras aleatoriedades do mercado. Lá na terceira semana de junho, o centroavante turco Burak Yilmaz, campeão francês em 2021 pelo Lille, assinou um contrato de cinco anos com o modesto Fortuna Sittard, sendo que os últimos três anos da assinatura valerão para o cargo de treinador. O início é bem promissor com três gols em quatro partidas, porém, o time é lanterna.

Bas Dost e Amin Younes – FC Utrecht
A Holanda continua na nossa lista com uma dupla que foi muito bem no futebol alemão. Dost fez 48 gols em quatro anos de Wolfsburg e encontrou Younes em 2020/21 no Eintracht Frankfurt, onde teve grande passagem. Bas resolveu voltar ao país natal depois de ser bicampeão belga com o Brugge, enquanto Amin não conseguiu render no futebol saudita, retornando ao país após quatro anos, onde atuou no Ajax. Eles têm seis jogos juntos na Alemanha e agora se reencontram no Utrecht.

Mario Balotelli – Sion
O Super Mario estava em rumo diferente na carreira desde que saiu do Olympique Marseille: Brescia, Monza e Adana Demirspor, da Turquia. Ele era muito respeitado no time turco, que começou muito bem a atual temporada. Mesmo assim, ele aceitou ir para a Suíça, onde defenderá o Sion, o mesmo clube que teve Túlio Maravilha, Gennaro Gattuso e Matheus Cunha…

Samuel Umtiti – Lecce
Campeão da Copa do Mundo em 2018, o zagueiro francês vivia uma fase de “um dos melhores zagueiros do planeta” com 83 partidas pelo Barcelona em duas temporadas. Do Mundial para cá, as coisas desandaram com uma sequência de lesões e 50 partidas em quatro temporadas, sendo apenas uma na última. De repente, ele vai buscar uma retomada na carreira no Lecce, recém-promovido a primeira divisão italiana, com todo salário bancado pelo Barcelona!
Kevin Mirallas – AEL Limassol
Foram seis anos disputando a Premier League pelo Everton. De lá, ele saiu para o Olympiacos, mesmo clube de onde saiu para a Inglaterra. Depois da Grécia, ele não parou em nenhum clube por mais de uma temporada: Fiorentina, Royal Antwerp, Gazisehir Gaziantep, Moreirense e, agora, o AEL Limassol, do Chipre, uma liga que sempre rende nomes interessantes que param lá.
Gervinho – Aris
Duas Copas, título da Copa das Naçoes Africanas e passagens por Arsenal, Roma, Lille e Parma. Gervinho foi um jogador de bom renome no começo da década passada. Em 2021/22, ele participou do título turco do Trabzonspor como um coadjuvante. A saga pela Europa segue na Grécia onde ajudará a continuar a reconstrução do Aris.

Os brasileiros que merecem destaque
– Bernard no Panathinaikos, da Grécia;
– Felipe Vizeu no Sheriff Tiraspol, da Moldávia;
– Gabriel Sara no Norwich City, da segunda divisão inglesa;
– Heitor, do Internacional, no Cercle Brugge, da Bélgica;
– Kenedy no Valladolid, da Espanha;
– Lázaro, do Flamengo, no Almería, da Espanha;
– Luccas Claro no Eyupspor, da segunda divisão turca;
– Matheus Babi no Santa Clara, de Portugal;
– Muriel no AEL Limassol, do Chipre;
– Nonato, do Fluminense, no Ludogorets Razgrad, da Bulgária.
Monza: o destino alternativo de interessantes nomes
Comandado pela dupla Silvio Berlusconi e Adriano Galliani, que marcaram época no Milan – apesar dos pesares –, o Monza foi ao mercado para se colocar na parte de cima da Serie A. O início é péssimo com nenhum ponto marcado em quatro partidas. Porém, o mercado teve grandes nomes. Da Itália, chegaram o zagueiro Andrea Ranocchia (ex-Internazionale e 21 jogos pela seleção), o meia Stefano Sensi (ex-Inter e nove partida pela Itália) e o volante Matteo Pessina (campeão da Eurocopa 2021, que estava na Atalanta e foi formado pelo clube. Dois zagueiros estrangeiros chamam atenção, também, o brasileiro Marlon Santos, vindo do Shakhtar Donetsk, e o espanhol Pablo Marí, campeão da Libertadores com o Flamengo.
O futebol turco continua sua sina
A Turquia sempre rende contratações de nomes conhecidos que estão em estágio avançado de carreira ou precisam retomar o rumo de ligas maiores. São casos de Seferovic, Mertens e Torreira no Galatasaray; Dele Alli no Besiktas; Marc Bartra no Trabzonspor; Mesut Ozil no Basaksehir e Batshuayi no Fenerbahce, que trouxe uma legião de brasileiros com William Arão, Gustavo Henrique e Luan Peres.
Porém, sempre tem jogadores que chamam atenção fora dos clubes grandes ou favoritos ao título nacional. Na nossa lista temos: Jesé (ex-Real Madrid e PSG) no Ankaragucu, Lazar Markovic (ex-Liverpool e Benfica) no Gazisehir Gaziantep, Artyom Dzyuba e Yaroslav Rakitskiy (ex-Zenit) no Adana Demirspor e Kazim Kazim no Karagumruk – o time que é treinado por Andrea Pirlo. Um nome na segunda divisão que vale ser citado é do atacante holandês Ryan Babel, com passagens por Ajax, Liverpool, Besiktas e Galatasaray, que vai jogar no Eyupspor.

Os belgas voltam para a Bélgica
Três mundialistas que estiveram na Copa do Mundo de 2018 representando a Bélgica voltaram ao país para seguirem ou encerrarem as carreiras. Eles foram formados no Germinal Beerschot, tiveram quatro anos no Ajax e duas Copas juntos. Por cinco temporadas, Jan Vertonghen e Toby Alderweireld estiveram juntos no sistema defensivo do Tottenham, que foi vice-campeão da Champions em 2019. Depois de saírem de Londres, rodaram até voltarem à Bélgica, onde defenderão Anderlecht e Royal Antwerp, respectivamente.

O zagueiro Dedryck Boyata teve uma década ligado ao Manchester City, mas nunca se firmou. Após ficar oito anos estáveis, metade no Celtic e a outra no Hertha Berlim, ele resolveu disputar uma Liga dos Campeões da Europa pelo Club Brugge para carimbar a vaga na Copa.
O quarteto da Segundona Espanhola
Dois tetracampeões da Liga Europa, um ex-Real Madrid e o irmão de um craque internacional. A La Liga 2 terá jogadores que poderiam muito bem estarem na primeira divisão espanhola ou outra liga de destaque. O primeiro é o meia Vitolo, que foi emprestado pela segunda vez pelo Atlético Madrid, que jogará no Las Palmas, o clube que o revelou para o futebol. Ele foi tetracampeão da Liga Europa, com três títulos pelo Sevilla (2014 a 2016) e Atlético Madrid (2018), além do título espanhol de 2021 e 12 jogos pela seleção espanhola. Nesse tricampeonato do Sevilla, ele era companheiro de Vicente Iborra, volante que fará o mesmo caminho “sentimental”, pois retorna ao Levante. Ele chega emprestado pelo Villarreal, onde foi campeão da Liga Europa em 2021.

Formado nas categorias de base do Real Madrid, José Maria Callejón ficou três temporadas no Espanyol até voltar ao clube merengue e fazer duas temporadas no profissional até ir para o Napoli onde ficou por sete temporadas. Chegou a fazer cinco jogos na seleção espanhola e ficou as últimas duas temporadas na Fiorentina. Era esperado que se mantivesse em uma primeira divisão, mas aceitou a proposta do Granada, que tenta o retorno imediato para La Liga.
A última transferência de destaque é de Jordan Lukaku, irmão do centroavante da Inter. De boa qualidade, o lateral teve quatro temporadas pela Lazio após disputar a Eurocopa 2016. Em 2020, a carreira passou a não ter estabilidade, sendo emprestado para o Royal Antwerp e Vicenza até acertar com o Ponferradina, clube do brasileiro Yuri, ídolo máximo da equipe.
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