Guia do Campeonato Paranaense Feminino 2022: expectativa, destaques e histórico

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por Felipe Augusto (Athletico, Coritiba/Imperial, Foz do Iguaçu e Toledo) e Gabriel Sawaf (Rio Branco e São Braz)

O que você fazia em 2008? Neste ano, o Paranaense Feminino tinha a última edição com seis ou mais equipes. Em 2022, o Estadual terá seis clubes, um número a ser comemorado em um local onde chegou a se ter um torneio com duas equipes. Há 14 anos, nenhum dos clubes da edição dessa temporada estava na disputa. Algo que se perdeu foi a presença da região Norte, que não aparece atualmente – com possibilidade futura do ingresso do Aruko e o retorno do Londrina -, um campeonato composto apenas por clubes ao “sul”, sendo quatro equipes da região da capital e dois ao Oeste, uma região que sustentou a modalidade por muitos anos.

Athletico, Toledo e Imperial/Coritiba são os remanescentes da última edição. São trabalhos com maior tempo, sendo que o Furacão é o grande favorito, o Toledo é o principal revelador e uma nova parceria surge, algo comum nos últimos anos. As novidades ficam por conta do Rio Branco, que tirou o projeto do papel para entrar na disputa; o São Braz, clube amador de Curitiba que abriu espaço para a prática, e o Foz do Iguaçu, que foi campeão em 2010, quando o Foz Cataratas ainda não estava devidamente registrado.

Será um campeonato com um claro favorito, um clube tentando manter um fenômeno jovem, uma equipe que precisa se provar e três incógnitas. Além disso, a busca pela vaga na Série A3 de 2023 – exceto pelo Athletico que está divisionado.

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No ano passado, nosso texto sobre o Furacão começou com a seguinte palavra: “Favoritaço”! E isso não mudou em 2022. Time experiente, forte e com investimento pensando em elite nacional, o Athletico é claro favorito a taça de tricampeão. A campanha no Brasileiro Série A2 teve um susto no final da primeira fase, mas a vaga na segunda fase, com a liderança, garantida mostrou que foi apenas um erro jogo ruim, quando perdeu, em casa, para o Minas Brasília. O time vai dividir atenções com a busca pelo acesso, onde enfrenta o Botafogo. A equipe é comandada por Breno Basso, antigo auxiliar, que tem um elenco com 12 remanescentes, com destaque para a goleira Renatinha, a zagueira Paloma, a meia Letícia Pires e a atacante Milena Monteiro. Entre os reforços, o principal nome vem sendo a meia Monique, que era do Real Ariquemes.

HISTÓRICO | 2020 (campeão) e 2021 (campeão)

DESTAQUE | Letícia Pires, meia-atacante, 21 anos

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O Coritiba já teve parceria no futebol feminino com o Toledo e o Foz Cataratas. Para ter a vaga na Série A3 2022 pelo ranking, o time firmou mais um convênio, dessa vez, com o Imperial, que disputou as últimas cinco edições do Campeonato Paranaense. O clube amador já serviu de base para outro grande da capital, quando disputou o Brasileiro Sub-18 2021 com a camisa do Athletico Paranaense. O time não teve chances na terceira divisão, quando perdeu para o Toledo, por 8 a 4 no agregado, logo na primeira fase. Apesar da juventude do Imperial, algumas atletas mais experientes estão no elenco, como a meia Juliana Luz (35 anos) e a volante Day Vieira (28). O nome mais inusitado é da austríaca Elena Kossler, atacante, que fez dois gols no Nacional.

HISTÓRICO | Imperial: 2017 (3°), 2018 (3°), 2019 (3°), 2020 (2°) e 2021 (3°)

DESTAQUE | Elena Kossler, 23 anos, atacante

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Em fevereiro de 2010, o Foz Cataratas foi fundado, mas a burocracia fez com que o time entrasse na edição como uma espécie de departamento da modalidade do Foz do Iguaçu, que foi campeão estadual e vice da extinta Copa do Brasil. Com a saída do Cataratas, o Foz recolocou a cidade que é a mais forte historicamente da modalidade no Paraná. Sob comando de Marco Antônio Xavier, o time focou a formação do elenco de 21 jogadoras com muitas atletas da região. O grande nome é a zagueira Fer, 39 anos, que teve duas temporadas pelo Foz Cataratas. Alguns nomes do futsal feminino foram agregados. Um nome interessante é de Vaneza Wons, que foi bronze nas últimas Surdolimpíadas de Caxias do Sul 2022.

HISTÓRICO | 2010 (campeão)

DESTAQUE | Fer, zagueira, 39 anos

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Entre as equipes profissionais que irão disputar o Paranaense Feminino em 2022, a grande novidade é o Rio Branco. O Leão da Estradinha debuta na competição por conta de uma parceria com o Blankal Deportes, time de Paranaguá, fundado em 2021 com o foco no futebol feminino, que buscava uma parceria com alguma equipe para a disputa do estadual e conseguiu isso sem sair da cidade. O elenco foi montado com atletas de cidades do litoral e também  jogadoras de outras partes do Paraná e em outros estados. Como é apenas o primeiro trabalho do Leão na modalidade, os pés estão no chão, com a expectativa de se fortalecer no cenário feminino e mostrar um trabalho sério. A destaque do time vem na defesa. A zagueira Carol Leite, de apenas 20 anos, vem do Boavista, após ter disputado o Campeonato Carioca de 2021.

HISTÓRICO | Estreante

DESTAQUE | Carol Leite, zagueira, 19 anos

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O São Braz é uma das grandes novidades do Paranaense Feminino em 2022. A equipe que disputa a Suburbana na capital paranaense decidiu aderir o desafio após uma pressão interna de quem acompanha o time da zona oeste. O Rubro-Negro, que é o único time amador que disputará sozinho a competição, já trabalha há quatro meses visando o certame. O elenco foi montado com boa parte das atletas vindas do Anjo Dourado, time de Fut 7 feminino. A expectativa é que o São Braz cresça ainda mais ao longo da competição e possa obter resultados interessantes, com a premissa de se estabelecer no cenário estadual da categoria. A destaque no elenco é a meia-atacante Lapa. Além da qualidade, a atleta traz consigo a experiência. A jogadora fez parte do time do Novo Mundo que foi destaque na primeira década do século. Além de conquistar o Paranaense quatro vezes, Lapa também foi artilheira e campeã Sul-Brasileiro.

HISTÓRICO | Estreante

DESTAQUE | Lapa, meia-atacante

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A principal formadora da modalidade, advinda do Ouro Verde Futebol Feminino, vem de uma frustração. Um gol no último minuto contra o Vila Nova (GO) evitou a disputa de penalidades que poderia dar o acesso ao clube para a segunda divisão nacional. Sem a vaga, o Paranaense Feminino é a forma de voltar a Série A3 apostando em um time muito jovem, com média de 18 anos. O grande nome do time é a atacante Johnson, que deve perder o início da competição, pois estará com a seleção sub-17. A continuidade dela, inclusive, é uma dúvida, pois tem propostas para sair, o que é normal pela qualidade acima da média que demonstra. O entrosamento é o ponto alto da equipe que deve lutar pela vaga na final, onde é favorita. O time, inclusive, foi campeão estadual sub-17 com muita tranquilidade. Outro nome interessante é a zagueira Vanessa, que serviu a seleção paraguaia de base.

HISTÓRICO | 2017 (2°), 2018 (2°), 2019 (2°) e 2021 (2°)

DESTAQUE | Johnson, atacante, 16 anos

Foto: Divulgação/Toledo EC

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