Guia do Campeonato Escocês 2022/23: expectativa, boas contratações e olhares atentos do futebol europeu

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Redação e pesquisa: Luis Henrique de Sá Perles, administrador do Futebol Escocês BR (@FutescocesBR)
Design e organização: Felipe Augusto, editor da Revista Série Z

A cada temporada, o futebol escocês se valoriza, a presença de grandes figuras como Brendan Rodgers, Steven Gerrard, Ange Postecoglou e agora Giovanni van Bronckhorst, nos comandos técnicos, aliada a boa campanha dos Rangers na Liga Europa e o desenvolvimento de jovens jogadores, fazem os olhos da Europa em geral pairarem novamente sob o futebol escocês, após alguns anos de ostracismo.

Somente na última temporada nomes como Aribo (Southampton), Bassey (Ajax), Ferguson (Bologna), Doig (Hellas Verona) e Calvin Ramsay (Liverpool), disputaram a temporada e com grande desempenho chamaram a atenção de clubes de ligas mais conhecidas. Soma-se a isso, o Brexit, que faz com que a Escócia seja observada com grande carinho pelos clubes da Premier League.

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Em termos de organização e investimento, os times escoceses também avançam, demonstrando que o sufoco da pandemia, serviu de lição para um planejamento correto e investimentos mais certeiros. Equipes de menor orçamento como Ross County, St Mirren, e Livingston vão buscando jogadores pelo mundo e investindo ativos financeiros em suas estruturas, visando um futuro sustentável. Aberdeen, Heart e Hibernian, por exemplo, vão mapeando o mercado internacional e trazendo talentos com possibilidade de revenda futura, além de trabalharem bem a sua base. Até por isso muitos jovens poderão ser vistos nesta edição da liga.

Em termos de jogadores contratados, nomes como Jota, Maeda, Barnabéi, Colak, Matondo, Aiden McGeady, Steven Fletcher, Shankland, Bojan Miovski, Dylan Levitt, Jair Tavares, Kazeem Olaigbe dentre outros, são figuras que prometem agitar os torcedores de seus clubes, com bom futebol, gols e muita disposição. Elevando o nível técnico e competitivo desta edição da Premiership.

Soma-se a isso o aumento do coeficiente europeu da Escócia que faz com que o país, ganhe até 5 vagas nas competições internacionais, incluindo uma direta na fase de grupos da Champions League. A sempre equilibrada briga contra o descenso e o duelo dos gigantes Celtic e Rangers que devem lutar palmo a palmo pela taça. Ingredientes diversos que farão desta temporada, achatada pela disputa da Copa do Mundo em novembro, um ano especial, onde a expectativa é de bons jogos, muitas disputas e grandes revelações. E a Revista Série Z abre, novamente, um espaço todo especial para a publicação deste guia da liga escocesa temporada 2022-23, para você acompanhar como os 12 clubes iniciam a competição.

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Fundação: 1903
Cidade:
Aberdeen
Estádio:
Pittodrie Stadium (22.199 pessoas)
Principal destaque:
Bojan Miovski (atacante)

Em busca do objetivo perdido

Dons fizeram a pior temporada da década em 2021-22 e tentam retomar o caminho europeu

O Aberdeen, acostumado a brigar na parte alta de tabela, chegou a disputar o título diante do Celtic comandado por Ronny Deila na temporada 15-16, na última edição da liga apostou em um novato no comando (Stephen Glass) e teve que mudar a rota, com Jim Goodwin. Mas mesmo assim, terminou na melancólica 9° colocação e longe dos seus objetivos.

A meta portanto e voltar a brigar no Top Six e competir com rivais diretos, por vaga nas competições europeias. As contratações também mudaram de rumo. Jogadores jovens da base ganham cada vez mais espaço, contratações pontuais em posições carentes sendo buscadas e talentos jovens, como Luis Lopes e Richardson são oportunidades de negócio que parecem muito vantajosas aos Reds.

As vendas de Ferguson e Ramsay (para Bologna e Liverpool, respectivamente), encheram os cofres do clube que agora pode navegar tranquilamente na temporada, sem grandes gastos, mas com as contas em dia. Isso aliado a toda estrutura de base e profissional, que vem sendo criada no clube, sob orientação de Sr Alex Ferguson. Assim os Dons prometem ser a equipe do futuro, capaz de encarar os gigantes Celtic e Rangers, como nos tempos gloriosos que revelaram Ferguson ao mundo.

Saídas: Dean Campbell VOL (Stevenage FC- ING), Calvin Ramsay LD  (FC Liverpool), Lewis Fergunson VOL (Bologna-ITA), Declan Gallacher ZAG (St Mirren), Andy Considine ZAG e LE (St. Johnstone FC), Michael Ruth CEN (Queen of the South FC), Funso Ojo MO (Port Vale-ING), Gary Woods GOL (Kilmarnock), Dylan McGeouch MC, Michael Devlin ZAG (todos sem clube).

Entradas:  Ylber Ramadani Vol (MTK Budapest), Anthony Stewart Zag  (Wycombe Wanderers), Kelle Roos GOL (Derby County-ING), Bojan Miovski CEN (MTK Budapest), Jayden Richardson LD (Nottingham Forest U23), Liam Scales ZAG (Celtic FC), Callum Roberts M (Notts County-ING), Hayden  Coulson LE (Middlesbrough) e Luis Lopes ATA (Benfica B-POR).

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Fundação: 1888
Cidade: Glasgow
Estádio: Celtic Park (60.000 pessoas)
Principal destaque: Filipe Jota (atacante)

Tudo que é bom pode melhorar

Hoops aprimoram o elenco e prometem ainda mais qualidade e competitividade na temporada

Ange Postecoglou devolveu a beleza do jogo, aliada a competitividade ao Celtic, ao menos em âmbito doméstico. Após uma temporada sem conquistas (2020-21), onde viu o rival chegar ao título, evitando o recorde de 10 títulos nacionais seguidos, os Hoops  mesmo com um começo cambaleante (3 derrotas em 6 jogos), faturaram a Copa da Liga e o campeonato. Nem mesmo a triste eliminação na Liga Europa (na fase de grupos) e Conference (Bodo Glint), além da dolorida derrota para o Rangers na prorrogação pela semifinal da Copa da Escócia, apagaram a brilhante reconstrução dos celtas.

E todo este trabalho passa pelo professor Ange. Afinal as contratações (Maeda, Furuhashi, O´Riley, Jota, Vickers, Juranovic, Giakoumakis e Hart), aliadas a recuperação de alguns jogadores em baixa como: Taylor, Ralston e Rogic fizeram do Celtic, o time a ser batido. O jeito agressivo de jogar, com as linhas altas, faziam dos jogos um verdadeiro convite aos amantes do futebol. E assim deve seguir nesta temporada. Postecoglou, já deixou claro, que seu jeito de vencer é esse, ainda que custe caro, como as eliminações na temporada passada, o Celtic é um time obstinado pelo ataque, agressivo, que não gosta de jogar no erro. Opta pela construção, pela associação de meias, laterais e atacantes, por envolver os rivais.

Para esta temporada, além da manutenção de boa parte do elenco (Rogic e Bitton foram os únicos que saíram e tinham frequência entre os relacionados), chegaram nomes como Siegrist para o gol, Mooy para o meio, Barnabei para a lateral esquerda e o zagueiro Moritz Jenz para dar opções defensivas ao elenco. Resta saber se a equipe seguirá encaixando e será capaz de encarar uma temporada cheia, agora como o time a ser batido na temporada.

Entradas: Benjamin Siegrist GOL (Dundee United FC), Alexandro Barnabéi LE (Lanús-ARG), Cameron Carter-Vickers ZAG (em definitivo Tottenham -ING), Felipe Jota (Benfica -POR), Aaron Mooy (SH Port-CHN) e Mortiz Jenz (Lorient-FRA).

Saídas: Kerr McInroy VOL (Kilmarnock FC), Ewan Henderson MO (Hibernian FC), Boli Bolingoli LE (KV Mechelen-BEL), Luca Connell VOL (FC Barnsley -ING), Nir Bitton Vol (Maccabi Tel Aviv-ISR), Karamoko Dembélé (Stade Brestois-FRA), Roos Doohan (Tranmere Rovers-ING), Vasilis Barkas GOL (FC Utrecht – HOL), Liam Scales ZAG e LE (Aberdeen FC), Osaze Urhoghide ZAG (KV Ostende-BEL), Adam Montgomery LE (St. John), Ismail Soro (Arouca-POR), Jonathan Afolabi CEN e Tom Rogic  MO (ainda sem clube).     

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Fundação: 1909
Cidade: Dundee
Estádio: Tannadice Park (14.223 pessoas)
Principal destaque: Steven Fletcher (centroavante)

Para seguir entre os melhores

Arabs tem como grande missão, manter a competitividade e buscar a Europa

O United inicia a temporada focando seu retorno continental, após 10 anos, os tangerinas chegam a esta jornada com mudança de treinador, saiu Tam Courts entrando Jack Ross, boas contratações como Fletcher e as manutenções de Harkes e Levitt no meio campo. Com poucos, mas certeiros investimentos, a equipe presidida pelo norte americano Mark Ogren, desde 2018, já prometeu que mais reforços podem chegar durante a temporada, dependendo do desempenho na Europa.

Ross é uma treinador de bons trabalhos na Escócia, St Mirren e Hibernian, que gosta de jogar com a bola, marcando pressão e buscando um jogo associativo, algo que se encaixa especialmente com as características do novo elenco formado. Mas a mudança de comando e visão de futebol, em relação a Tam Courts, podem afetar e atrasar um pouco a equipe em termos de desenvolvimento.

De qualquer forma, esse novo United, desperta a atenção de toda a imprensa sendo um time capaz de incomodar os gigantes Celtic e Rangers e novamente brigar por competições europeias, ao menos no discurso e nas boas contratações, a cara desse time parece ser promissora. 

Entradas: Mark Connolly Zag (Dundalk FC), Logan Chalmers CEN (Inverness Caledonian Thistle FC), Steven Fletcher CEN (Stoke City), Craig Sibbald M (Livingston), Mark Birihitti (Central Coast Mariners-AUS) e Dylan Levitt M (M.United).  

Saídas: Benjamin Siegrist GOL (Celtic FC), Lewis Neilson LD (Heart of Midlothian), Trevor Carson GOL (St Mirren), Rhys Caves MD (Gretna FC 2008), Nathan Cooney ZAG (Brechin City FC), Jack Newman GOL (Peterhead), Adrián Spörle LE (sem clube), Maxime Biamou CEN, Florent Hoti Meia, Lennon Walker MO, Kevin McDonald VOL (todos sem clube).

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Fundação: 1874
Cidade: Edinburgh
Estádio: Tynecastle Park (20.099 pessoas)
Principal destaque: Robbie Neilson (treinador)

Para seguir evoluindo

Jambos fizeram temporada dos sonhos no retorno a elite e conseguiram retornar as competições europeias

A reestruturação do Heart segue nesta temporada. A equipe rebaixada na temporada em que o futebol terminou em março, devido a covid-19, voltou como campeã da Championship e já se colocou como a terceira melhor na liga nacional 2021-22. Disputando ainda o título da Copa da Escócia, diante do Rangers.

E o treinador Robbie Neilson, segue seu projeto, contratando atletas desconhecidos e com potencial, trouxe Cochrane em definitivo e o zagueiro australiano Rowles para o lugar de Souttar. Além de beliscar alguns nomes no próprio futebol escocês, como Alan Forrest e Lewis Neilson. Sem gastar muito e comprometer o futuro do clube, Neilson vai formando um elenco competitivo, capaz de brigar por coisas ainda maiores nesta temporada. A grande contratação sem dúvida, foi o centroavante Lawrence Shankland, que volta a trabalhar com Neilson, após uma temporada abaixo na Bélgica. Aliás, foi com Neilson, na 2° divisão escocesa que ele chegou a ser convocado pela seleção e pretendido por clubes como Celtic e Rangers.

A participação na Liga Europa e a expectativa de seguir bem nas competições domésticas, animam demais os torcedores que veem seu rival de cidade, Hibernian, tentando se reerguer. Além disso, a meta do clube é seguir com saúde financeira e começar a incomodar os gigantes Celtic e Rangers, beliscando os até aqui intocáveis da Old Firm.

Entradas: Alan Forrest ME (Livingston FC), Lewis Neilson LD (Dundee United FC), Kye Rowles ZAG (Central Coast Mariners), Alex Cochrane LE (Brighton & Hove Albion), Jorge Grant MC (Peterborough United) e Lawrence Shankland (Beerschot VA- BEL).

Saídas: John Souttar ZAG (Rangers FC), Jamie Walker PE (Bradford City),Mihai Popescu ZAG (FCV Farul Constanta- ROM), Aaron McEneff M (Perth Glory-AUS), Jamie Brandon LD  (Livingston) Loïc Damour MC (FC Versailles 78).

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Fundação: 1875
Cidade: Edinburgh
Estádio: Easter Road (20.250 mil)
Principal destaque: Aiden McGeady (meia)

Para voltar a sorrir

Após troca de treinadores, Hibs viu sua temporada afundar e agora busca um planejamento mais concreto

O Hibernian passa por uma verdadeira reconstrução de equipe e mentalidade. Após uma jornada para se esquecer, especialmente no 2° semestre, o clube se reestrutura e com Lee Johnson, agora treinador, tenta retomar o caminho das glórias. Foram várias saídas e muitas chegadas, que fazem da equipe uma das que mais despertam curiosidade na temporada.

Jogadores jovens com grande potencial ficaram em definitivos ou foram contratados: Ewan Henderson, Nohan Kenneh, Rocky Bushiri, Lewis Miller e Jair Tavares se aliam a veteranos experimentados em suas seleções nacionais: Aiden McGeady e David Marshall, buscando uma mistura perfeita para fazer frente ao maior rival Heart. A temporada excelente dos Jambos, impulsiona o Hibernian, a uma resposta, mas esta não foge ao pensamento da direção do clube.

Trabalhar com jovens jogadores e faturar com os mesmos, melhorando as condições competitivas e financeiras. A saída de Josh Doig, por mais de 3 milhões de libras, deu fôlego ao clube para acertar com nomes como Bushiri, que estava emprestado e buscar revelações como Jair Tavares, navegando na onda dos portugueses na Escócia.

Resta saber se o planejamento será respeitado e Lee Johnson terá tempo para trabalhar, afinal na última temporada, foram 3 treinadores no comando e muitos problemas após a saída de Jack Ross e a contratação de Shaun Maloney. Mesmo tendo sido vice-campeão da Copa da Liga, a 7° colocação no campeonato enquanto o Heart ficava em 3° (e garantia sua vaga nas fases pré-eliminares da Liga Europa) pesou e ainda pesa nos ombros dos torcedores.

Entradas: Aiden McGeady PD e PE (Sunderland), David Marshall GOL (Queens Park Rangers -ING), Ewan Henderson     MO(Celtic FC), Nohan Kenneh ZAG (Leeds United U23), Rocky Bushiri ZAG (Norwich City), Lewis Miller   LD (Macarthur FC – AUS), Jair Tavares PE (SL Benfica B), Élie  Youan ATA (St Gallen- SUI), Marijan Cabraja LE (Dínamo Zagreb-CRO) e Momodou Bojang CEN (Rainbow FC – GAM).

Saídas: Josh Doig LE (Hellas Verona-ITA),Paul McGinn LD (Motherwell FC),  Harry Clarke ZAG (Arsenal FC U23), Drey Wright MD (St. Johnstone FC), Sean Mackie ZAG (Falkirk FC), Matt Macey GOL (Luton Town- ING), Dan MacKay ATA (Inverness CT), Jamie Murphy PE (St Johnstone), David Mitchell GOL (Partick Thistle), Scott Allan MO e Alex Gogic VOL (sem clubes).

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Fundação: 1869
Cidade: Kilmarnock
Estádio: Rugby Park (18.128 pessoas)
Principal destaque: Derek McInnes (treinador)

Mirando um retorno pacífico e contínuo

Killes sonham com volta em grande estilo à Premiership

O Kilmarnock, após bater e retornar, como campeão da Championship escocesa, tenta se espelhar em dois clubes: Dundee United e Heart. Ambos voltaram e se fortaleceram fazendo campanhas dignas e atualmente tendo competições europeias para disputarem na temporada 2022-23. A meta é passar um ano sem sustos e pavimentar um caminho a médio a prazo para se estabelecer com uma das forças do futebol local.

Derek McInnes fez um trabalho parecido no Aberdeen, onde retirou o time das últimas colocações e o manteve entre os 4 melhores times da Premiership durante várias edições da liga, sendo demitido na temporada 2020-21. Quando resolveu deixar o período sabático de lado, McInnes, destacou a importância do projeto oferecido e especialmente o fato de estar perto da família. Situações que vinculam o treinador ainda mais com os Killes.

Após o acesso, conquistado a duras penas na última rodada, Derek tem agora uma nova missão, fazer o Kilmarnock capaz de competir novamente diante de rivais mais poderosos economicamente e com equipes fortes. A meta inicial é se manter na elite e quem sabe beliscar uma vaga no top six. Porém o mais importante é sair da incômoda gangora e se manter fixo entre os melhores clubes da Escócia.

Entradas: Alan Power MC (St Mirren), Liam Donnely VOL (Motherwell), Kerr McInroy VOL (Celtic FC), Lewis Mayo  ZAG (Rangers), Jordan Jones PE (Wigan-ING), Ryan Alebiosu LD e ZAG (Arsenal), Joe Wright ZAG (Doncaster-ING) e Zach Hemming GOL  (Middlesbrough FC U23).

Saídas: Stephen McGinn MC (Falkirk FC), Jason Naismith  LD (Queen’s Park FC), Euan Murray (Hartlepool United), Colin Doyle GOL  (Bradford City) Tomas Brindley MC (Forfar Athletic FC), Ross Smith  MC (Irvine Meadow XI FC-ESC), Brandon Haunstrup LE (Cambridge-ING), Curtis Lyle GOL (East Kilbride), Euan Deveney LE (Airdrieonians) e Chris Burke MD (fim de carreira).

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Fundação: 1943
Cidade:
Livingston
Estádio:
Almondvale Stadium (9.520 pessoas)
Principal destaque: Bruce Anderson (atacante)

Sem orçamento, mas com muita criatividade

Livi inicia a temporada, com esperança de fazer um ano melhor e se manter na Premiership

Desde que retornou à Premiership, o Livingston segue um roteiro parecido. Poucos investimentos, mas sempre uma equipe competitiva que no seu limite consegue resultados surpreendentes. Saiu Gary Holt, entrou David Martindale, mas os objetivos e a forma compacta com que atua a equipe, são os mesmos.

A grande perca para a temporada sem duvida será do meia Allan Forrest, mas contratações como Bahamboula e Bitsindou chegam para tentar amenizar o problema. Na defesa Cancar é o grande nome e chega com status de titular, cedendo opção de atuar com uma linha de três e valorizar o bom jogo pelos lados. No ataque Nouble tem agora Esmael Gonçalves para revezar e manter o estilo do jogo. No gol, Shamal George foi um dos poucos investimentos financeiros que os leões fizeram, vindo do Colchester da Inglaterra.

O mais interessante no Livi é perceber essa ideia, de montar uma equipe forte fisicamente, alta, veloz capaz de competir com os rivais mais frágeis da liga nacional e quem sabe surpreender nas copas. Planejamento êxitoso que vem fazendo os leões passarem longe do descenso e até sonhar com o Top Six, como foi na temporada retrasada.

Entradas:  Esmaël Gonçalves CEN (sem clube), Phillip Cancar ZAG  (Western Sydney Football Club), Shamal George GOL (Colchester-ING), Scott Bitsindou VOL (KSK Lierse Kempenzonen-BEL), Dylan Bahamboula M (Oldham-ING) e Jamie Brandon LD (Heart of Midlantion FC).

Saídas: Alan Forrest ME (Heart of Midlothian FC), Jack McMillan LE  (Partick Thistle FC), Gavin Reilly CEN (Queen of the South FC), Keaghan Jacobs  MD (Arbroath FC), Craig Sibbald PE (Dundee United), Carlo Pignatiello LE, Jaze Kabia ATA e Brian Schwake GOL (Greenock Morton), Matej Poplatnik CEN (sem clube), Gary Maley GOL e Marvin Bartley VOL (ambos em fim de carreira).

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Fundação: 1886
Cidade: Motherwell
Estádio: Fir Park (14.000 pessoas)
Principal destaque: Kevin Van Veen (atacante)

Motherwell inicia a liga sem treinador e planejamento

Equipe demitiu Graham Alexander, após eliminação na Conference League

Poucas contratações, uma redução no elenco, visando reserva financeira para contratações que cheguem para jogar ou ao menos brigar por vaga na equipe titular. Assim pensava a temporada atual, o treinador Graham Alexander, mas a dolorida derrota para o irlandês Sligo Rovers, fez a diretoria e o treinador em “comum acordo” deixarem tudo de lado.

A saída surpreendente interrompe um trabalho no inicio de temporada e prejudica o Motherwell em termos de planejamento. Afinal quem chegar terá que se ambientar a um elenco que não escolheu. A manutenção de nomes importantes como Van Veen, Kelly, Carrol, Mugabi e O´Donnell talvez ajude. A pressão após a eliminação por 3 a 0 no agregado, porém, será um peso a ser carregado por este elenco. 

Em uma liga tão equilibrada do meio para baixo de tabela, iniciar uma temporada desta forma preocupa e muito, mas há quem defenda que a sequência de trabalho poderia afundar de vez o Motherwell. A troca de treinadores nesta fase é incomum no futebol escocês, resta saber qual nome assumirá e como fará para tirar deste elenco, o melhor que ele pode oferecer.

Entradas: Paul McGinn LD (Hibernian), Blair Spittal PD (Ross County FC) e Josh Morris M (Salford-ING).

Saídas: Mark O’Hara VOL (St. Mirren), Jordan Roberts (Stevenage FC), PJ Morrison (Falkirk FC), Justin Amaluzor PD (Aldershot Town), Darragh O’Connor ZAG (Greenock Morton FC), Liam Donnelly VOL (Kilmarnock), Kaine Woolery ATA (Sakaryaspor-TUR) (Liam Grimshaw LD e Victor Nirennold 31 anos (todos sem clube).

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Fundação: 1872
Cidade: Glasgow
Estádio: Ibrox (50.900 pessoas)
Principal destaque: JamesTavernier (lateral e capitão)

Mais forte para retornar ao trono escocês

Com elenco mais encorpado, Rangers busca retomar a coroa

Os Gers chegam a temporada 2022-23 extremamente motivados, após o vice-campeonato da Liga Europa e o título da Copa da Escócia, depois de 12 temporadas, o treinador Giovanni Bronkhorst pode mostrar que a sequência do trabalho de Gerrard poderá ser vitoriosa e com muitos frutos. Após anos de tropeços e assistindo o sucesso do rival Celtic, em 2020-21 a equipe se sagrou campeão nacional e chegou nas oitavas de final da Liga Europa, na temporada seguinte veio o vice europeu e a taça mais tradicional do futebol local, a Copa da Escócia.

O preço do sucesso foi perder alguns de seus melhores jogadores como Joe Aribo e Bassey, mas com o dinheiro ganho conseguiu se reforçar, e manter equilibrada as contas, para o desafio de encarar um temporada pesada e que será mais encaixotada de jogos, especialmente no 1° semestre. Nomes como Lawrence, Souttar, Colak, Matondo, Ylmaz e Tilleman chegam para encorpar o elenco visando disputar todas as frentes: copas, liga e competição europeia.

Ao menos em termos de competitividade, o elenco farto, trará opções para Gio que se mostrou um treinador capaz de realizar adaptações em seu time, de acordo com o rival, sendo competitivo em todos os jogos e rodando o elenco, algo que Gerrard tinha um pouco mais de dificuldade. Resta saber se será suficiente para destronar novamente o Celtic na liga. Afinal a rivalidade entre os dois promete esquentar ainda mais o futebol escocês nesta nova temporada.

Entradas: John Souttar ZAG (Heart of Midlothian FC),Tom Lawrence PD e PE (Derby County-ING), Antonio Colak CEN (Paok-GRE), Alex Lowry MO (Glasgow Rangers Reserves), Leon King ZAG (Glasgow Rangers Reserves), Ridvan Yilmaz LE (Besiktas-TUR) e Nikola Katic ZAG (HNK Hajduk Split).       

Saídas: Joe Aribo M (Southampton-ING),Calvin Bassey LE (Ajax-HOL),Cedric Itten CEN (BSC Young Boys),  Ben Willianson MC (Dundee FC), Jake Hastie PE (Hartlepool United), Lewis Mayo ZAG (empréstimo Kilmarnock FC), James Sand ZAG (New York City – EUA), Leon Balogun ZAG e Andy Firth GOL (Connah’s Quay-GAL).         

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Fundação: 1929
Cidade: Dingwall
Estádio: Global Energy Stadium (6.541 pessoas)
Principal destaque: Kazeem Olaigbe (ponta da seleção de base belga)

Confiança no professor

Malky McKay é o grande trunfo para desenvolver talentos e fazer do Ross Country um time sustentável

A transformação do futebol escocês, passa por mentes como a do atual treinador do Ross County. Anteriormente os clubes contratavam por empréstimos curtos, se limitavam a buscar jogadores no Reino Unido e por vezes perdiam os mesmos durante a temporada. Mas após a pandemia, as equipes menores perceberam que esse modelo tornava impossível a competitividade e a manutenção financeira dos mesmos e que buscar jovens talentos dentro e fora da Escócia era uma saída viável.

Um dos homens responsáveis por essa mudança é Malky McKay, de bons trabalhos na federação escocesa com a captação de jovens talentos. E agora no comando do Ross, o treinador tem aplicado seus conhecimentos e como um verdadeiro manager, vai estruturando o clube dentro e fora de campo. Atletas como Dhanda e Hiwula, tentam se reencontrar após um passagens ruins na Inglaterrra. Nomes jovens como Loturi e Akio chegam tentando buscar espaço no futebol europeu.

Com essa mudança de mentalidade, além de vários jovens jogadores subindo no elenco, os Sttagies vão crescendo e com os pés no chão melhorando suas estruturas para, no futuro, se firmarem como um clube de primeira divisão, que se sustenta e desenvolve jovens jogadores. A meta novamente nesta temporada é beliscar algumas fases nas copas e se manter na elite, acima disso será novamente um lucro enorme ao clube de Dingwall.

Entradas: Victor Loturi MC (Cavalry FF-CAN), Yan Dhanda MO (Swansea City-ING), Ben Purrington LE (Charlton), George Harmon LE (Oxford City-ING), Jordy Hiwula CEN (Doncaster-ING), Jake Eastwood GOL (Sheffield United), Callum Johnson (Portsmouth-ING), Owura Edwards (Bristol City-ING), William Akio (Valour FC-CAN) e Kazeem Olaigbe PD (Southampton). 

Saídas: Regan Charles-Cook PE (KAS Eupen), Blair Spittal PD (Motherwell FC), Coll Donaldson ZAG (Falkirk), Logan Ross GOL (Lossiemouth-ESC), Ryan MacLeman M e Connall Ewan ZAG (Forres), Harry Paton MC e Ben Williamson LD (sem clube).

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Fundação: 1884
Cidade: Perth
Estádio: McDiarmid Park (10.696 pessoas)
Principal destaque: Graham Carey (meia)

Manutenção na elite é o foco

St John observa a temporada passada para não correr os mesmos riscos

Após o ano histórico (2020-21), onde faturou duas copas nacionais, os Saints voltaram a dura realidade e só escaparam da segundona, nos playoffs diante do Inverness CT. A saída de alguns jogadores, alinhada a queda de rendimento de outros, fez com que a equipe tivesse um ano para se esquecer. Foram 30 pontos em 33 jogos, muita dificuldade para fazer gols, apenas 21 em todo campeonato na sua fase regular.

E as projeções do técnico Callum Davidson não são muito animadoras. Perguntado sobre o ano, ele categoricamente afirmou, que a temporada que se inicia começa como terminou a anterior, com o time tendo muita dificuldade para contratar e buscando principalmente sua manutenção na elite. O que vier acima será lucro.

Jogadores experientes que chegam, aliados a jovem que vem subindo são a alquimia perfeita que o St John espera buscar. Ao menos pelo início de temporada, na Copa da Liga, os resultados não são nada bons. Eliminação na primeira fase e tropeço diante de rivais como Annan e Queen of The South, muita dificuldade na criação e efetivação de jogadas ofensivas, além de um time com limitadas opções no banco. Só o tempo dirá em que lado da gangorra, nesta temporada, estará o St Johnstone, se em cima ou embaixo, até por isso largar bem neste início de campeonato pode fazer a diferença para os Saints. 

Entradas: Andy Considine LE e ZAG (Aberdeen), Jamie Murphy ATA (Hibernian), Graham Carey ME (CSKA-BUL), Adam Montgomery LE (Celtic), Ryan McGowan ZAG (Kuwait-KUT), Maksym Kucheriavyi ATA (St.Johnstone B), William Sandford VOL (Vastra-SUE), Alex Mitchell ZAG (Milwall), Remi Matthews GOL (Crystal Palace-ING) e Drey Wright MD (Hibernian).

Saídas:  Shaun Rooney LD (Fleetwood), Callum Hendry CEN (Salford-ING), Jamie McCart ZAG (Rotherham-ING), Craig Bryson MC (Stenhousemuir FC), Jacob Butterfield MC (Scuntorpe United-ING), Efe Ambrose ZAG, Nadir Ciftci CEN, Zander Clarck GOL, Jahmal Hector-Ingram CEN, Dan Cleary ZAG  (todos sem clube) e Liam Craig VOL (fim de carreira).

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Fundação: 1877
Cidade: Paisley
Estádio: St Mirren Park (10.900 pessoas)
Principal destaque: Jonah Ayunga (atacante)

Buddies sonham com dias melhores

Stephen Robinson terá que provar seu valor, após um mal início de trabalho

O St Mirren iniciou a temporada cheio de expectativa, após um ano abaixo do esperado, mas as primeiras partidas tem sido mais que preocupantes. A eliminação na Copa da Liga Escocesa, já na fase inicial, contando com tropeços diante de equipes de divisões inferiores, ascendeu um alerta em todo o clube.

Sem grana para altos investimentos, os Buddies trouxeram algumas peças sem contrato e desconhecidas, somando a manutenção de alguns nomes e a sequência de trabalho de Stephen Robinson deixando  no ar, uma esperança de dias melhores. O treinador de boa e longa e passagem pelo Motherwell, gosta de jogar, ter um time que tenha linhas mais altas e que faça o rival correr sem a bola. Resta saber se este elenco atenderá a esta forma de jogo. Os números no St Mirren, até aqui, são péssimos: 5 vitórias, 2 empates e 10 derrotas.

Esquecer a eliminação na 1° fase da Copa da Liga e focar no campeonato nacional é a nova ordem, afinal o clube não quer passar sufoco como na temporada passada, quando flertou com o rebaixamento até as rodadas finais e terminou a temporada na 10° colocação com apenas 36 pontos.

Entradas: Keanu Baccus Vol (Western Sydney Football Club), Mark O’Hara Vol (Motherwell FC), Ryan Strain LD (Maccabi Haifa – ISR), Trevor Carson (Dundee United FC), Toyosi Olusanya PE  (FC Middlesbrough), Jonah Ayunga CEN (Morecambe FC – ING) e Kieran Offord CEN (St. Mirren FC U18).

Saídas: Jak Alnwick Gol (Cardiff City-ING), Alan Power MC (Kilmarnock FC), Kyle McAllister PD (Forest Green Rovers – ING), Lewis Jamieson CEN (Airdrieonians), Danny Finlayson LD (Linfield FC- IRN), Dean McMaster MC  (Airdrieonians), Conor McCarthy ZAG, Matthew Millar LD e Josh Jack CEN (todos sem clube).

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