Guia das quartas do Brasileiro Feminino Série A3 2022

Grande novidade do calendário nacional, o Brasileiro Feminino Série A3 2022 chega no momento mais empolgante: os jogos do acesso. Em um formato de mata-mata, algo questionado por muitos, oito equipes buscam um calendário maior e o sonho de chegar na elite a partir de 2023. Regionalizada, a competição premiará quatro regiões diferentes, com confrontos entre times do Sudeste, Norte e Nordeste e um encontro entre Sul e Centro-Oeste. Todos os jogos são inéditos, com metade das participantes buscando o debute na Série A2. A Revista Série Z, aos 45 minutos do segundo tempo, traz um Guia da fase para você poder acompanhar as partidas que são transmitidas pela Eleven Sports.

Toledo x Vila Nova

Dois clubes que contam com parcerias chegam para definir uma das vagas na segunda divisão. O Toledo conta com o apoio do Ouro Verde, clube especializado em futebol amador, que garimpa talentos pela região oeste do estado, como o principal nome sub-17 do Brasil no momento: a atacante Johnson, artilheira da competição com seis gols. O Toledo tem o elenco mais novo entre os quadrifinalistas, com 18 anos de média. O time paranaense disputou a Série A2 entre 2018 e 2020.

Do outro lado, o Vila Nova conta com a Universo, instituição de ensino com anos de incentivo a prática e com parcerias em outros clubes. Com o Vila, a parceria rendeu o título goiano de 2021, uma projeção interessante para o futuro e possibilidade de primeira participação do clube na segunda divisão. Será um confronto que elevará um projeto e não deve estremecer o perdedor, que deve continuar investindo bem na modalidade.

Taubaté x Ipatinga

O confronto sudestino é o que envolve os dois melhores projetos da região fora das duas primeiras divisões. O Taubaté tem o time mais experiente entre os oito clubes, com média de 25 anos de idade. Foram duas temporadas sem disputa nacional, sonhando com a campanha da Série A2 2019 – única participação no escalão –, quando chegou na briga pelo acesso. Inclusive, cinco jogadoras que estavam nessa campanha permanecem: a goleira Baiana, as laterais Helen Souto e Mariana, a zagueira Hericka Sorriso, a meia Mariana e a atacante Carol Franco.

O Ipatinga é o único nesta fase que foi derrotado durante a campanha. Na primeira fase, foi vencido pelo Criciúma na segunda partida, mas passou pelo placar agregado. O grande nome do time está no banco de reservas: a treinadora Kethleen Azevedo, campeã estadual como jogadora com o Iguaçu e como treinadora pelo próprio Ipatinga em 2015. Ela é a principal responsável pela manutenção do projeto que forma jogadoras e se aproveita de nomes que passaram pelo trio da capital, como a meia Tatielle (América e Atlético) e as atacantes Jéssica Beiral (América e Atlético) e Letícia Nunes (Cruzeiro). Garantir a vaga na segunda divisão será algo inédito.

VF4 x Sport

De um lado, a melhor campanha da Série A3. Do outro, um projeto que já foi de primeira divisão e precisou se reinventar. O VF4 foi fundado pelo lateral Victor Ferraz e tem no time feminino, a chance de melhor progressão. Com quatro vitórias em quatro jogos, o melhor ataque – ao lado do Toledo – com 12 gols e segunda melhor defesa, com três tomados. O elenco conta com muitas jogadoras que eram do conterrâneo estadual Botafogo, que disputaram a Série A2, algo que nunca ocorreu com o VF4.

A defesa das paraibanas só não é melhor do que as rivais: o Sport tem apenas dois gols tomados, mas com metade dos gols feitos. O time é bem copeiro, conquistando empates fora de casa e vitórias como mandante. No elenco que é jovem, os destaques ficam para as experientes que participaram da campanha ruim na Série A2 2021: as defensoras Alessandra, Bicê e Amanda Leite, a meia Ísis e a atacante Lindy. Além de ter disputado a Série A2 em 2020 e 2021, as Leoas estiveram na elite em 2014, 2017, 2018 e 2019.

Ypiranga x 3B da Amazônia

Pelos números e histórico, esse é o confronto mais desnivelado desta fase. O 3B era apontado como um dos grandes candidatos ao acesso nas prévias do torneio, o que se confirmou com uma campanha consistente até o momento, com três vitórias e um empate. Estar na Série A3 é consequência de um erro administrativo de 2020, quando não disputou a final estadual por escalação irregular e ficou fora da Série A2 do ano passado – competição que esteve de 2018 a 2020. Com o segundo elenco mais experiente entre os oito, o 3B chega como campeão amazonense de 2021 e investimento além do padrão para se recolocar no nível acima. A ala Larissa Santos é o principal nome do time, com todos os minutos disputados e dois gols.

Do lado amapaense, o Ypiranga é a grande sensação do campeonato. É o único clube das quartas de um estado sem representantes nas duas primeiras divisões. Além disso, a campanha é inusitada: uma vitória e três empates, sendo o único com uma desvantagem nos triunfos. Nas oitavas, a equipe eliminou o Paraíso nos pênaltis após 180 minutos sem gols marcados nos dois empates. É a primeira competição nacional do Clube da Torre, o que fez com que o Oratório, grande nome da modalidade no estado, fosse um clube para buscar jogadoras para reforçar o elenco, com quatro contratações, incluindo a meia Keila Loirinha, que chegou a ser chamada para seleções de base.

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