Os jogadores brasileiros mais famosos de todos os tempos

Não há um canto neste planeta onde o nome “Pelé” não seja reconhecido. Mesmo aposentado há quarenta e cinco anos, o que significa dizer que muitas gerações nunca o viram jogar, Pelé é uma referência no esporte mais praticado de todos os tempos. Mas antes que falemos mais detidamente sobre o mais genial de todos os futebolistas, vamos falar um pouco sobre outros atletas fabulosos que encantaram as plateias no Brasil e no mundo.

O Brasil sempre produziu muitos craques, e inúmeros deles com um talento acima da média. Não iremos aqui ranqueá-los, afinal, são todos excelentes jogadores e que, ademais, jogaram em tempos e, portanto, em circunstâncias bem diferentes. São como ofertas dos deuses do futebol para alegrar os admiradores do esporte bretão.

Nos anos 1960 e 1970, o meia atacante, Roberto Rivelino, encantou torcedores do Corinthians e Fluminense, além de amealhar fãs junto às outras torcidas. Dono de dribles desconcertantes e um verdadeiro míssil no pé esquerdo, Rivelino foi um dos protagonistas na conquista do tricampeonato mundial no México, em 1970. Famoso também pelo farto bigode, jogou ainda as copas de 1974 e 1978. O canhoto foi a grande inspiração do jovem Maradona.

Além de genial com a bola nos pés, Sócrates foi um cidadão de destaque. Politicamente engajado, influenciou toda uma geração de jogadores, fosse pelo toque de bola e elegância, fosse pela inteligência ímpar. Começou sua carreira no Botafogo de Ribeirão Preto e logo chamou a atenção dos dirigentes corintianos que o levaram para o Parque São Jorge. Pela seleção brasileira, fez parte do grupo que foi à Copa de 1982, grupo este que muitos consideram ainda melhor que o de 1970.

O Flamengo sempre revelou excelentes jogadores, mas um haveria de entrar para a história como um dos maiores, o galinho de Quintino; Zico, foi um dos mais brilhantes meias que o Brasil e o mundo viram jogar.

Romário é um daqueles talentos que parecem ter vindo de outro planeta. O “baixinho”, que não era muito afeito aos treinamentos, em campo resolvia. Veloz, inteligente, driblador implacável, maravilhou as torcidas mundo afora, principalmente a do Vasco da Gama. Há quem afirme que a Copa de 1994 não seria nossa não fosse o brilhantismo do craque. Atualmente é senador da República.

Os fenômenos naturais que aplacam a Terra sempre são batizados com nomes próprios, com Ronaldo Nazário foi diferente; ele próprio era o Fenômeno. Revelado pelo Cruzeiro, foi destaque também atuando pelo PSV Eindhoven, Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid, Milan e Corinthians. Pela seleção, jogou as copas de 1994, 1998 e 2002, onde se eternizou como o Fenômeno. Sucessivos problemas nos joelhos o ameaçaram de não jogar aquela  copa, porém, com muita garra e determinação e, claro, um acompanhamento clínico rigoroso, o fizeram pentacampeão, além de ser eleito o melhor jogador do torneio.

Um show man, sim, um espetáculo à parte, este era Ronaldinho Gaúcho. Revelado pelo Grêmio de Porto Alegre, Ronaldinho sempre foi dono de extrema habilidade e raciocínio veloz. Teve desempenho brilhante em sua passagem pelo Barcelona (2003/2008). Foi por duas vezes eleito o melhor jogador do mundo, em 2004 e 2005. Jogou as copas de 2002, 2006 e 2010.

Estrábico, portador de um desequilíbrio na pélvis, pernas tortas, enfim, um tipo físico nada apropriado para a prática desportiva. Quem disse se enganou. Manoel Francisco dos Santos, o Garrincha, não só foi um desportista como foi um dos maiores. Suas fintas desconcertantes, não raro, deixava os marcadores no chão, deram a ele o título de “o maior driblador de todos os tempos”. Era também um goleador de chute enviesado e potente. O carioca de Magé foi o maior astro do Botafogo, clube que defendeu entre 1953 e 1965. Pela seleção brasileira, jogou as copas de 1958 e 1962. No Chile, o bicampeonato está diretamente relacionado à sua presença em campo. Com Pelé machucado, Garrincha chamou a responsabilidade para si; foi artilheiro da competição e eleito o melhor jogador. Fora de campo teve sérios problemas com o alcoolismo que o vitimaria fatalmente em 1983, aos quarenta e nove anos.

A Vila Belmiro é famosa por ter apresentado ao mundo, um tal Pelé. Contudo, a fama se transformou numa sina, a sina de revelar verdadeiras joias. É o caso de Neymar. Olheiros da Vila viram o menino de apenas dez anos, jogando futsal pela Portuguesa Santista e logo se apressaram em levá-lo para o gramado da Vila. Estreou como profissional pelo Santos aos dezesseis anos, em 2009, e lá permaneceu até 2013, quando se transferiu para o Barcelona. Pelo Santos, foi campeão paulista, da Copa do Brasil e da Libertadores. No Barça, jogou ao lado de Messi, conquistando a tríplice coroa, Campeonato espanhol, Copa do Rei e a Champions. Pela seleção brasileira, Neymar é campeão olímpico e já marcou sessenta e sete gols, está a dez de igualar o recordista Pelé. Alguém duvida?

Como dito lá no começo, não há um canto deste planeta que não reconheça o nome “Pelé”. O rei do futebol, eleito o maior atleta do século XX, é o homem que mais gols marcou na história do futebol. Foram 1281 tentos assinalados, principalmente pelo Santos e pela seleção brasileira onde assinalou setenta e sete gols em noventa e dois jogos. Pepe, o segundo maior artilheiro do Santos, dizia ser o primeiro, pois ele era humano, já Pelé seria de outro planeta. Pelo time praiano ganhou tudo, estaduais, nacionais, sul-americanos, mundiais. Pela seleção foi tricampeão mundial. Em 1969, três eventos foram marcantes e decisivos para a história da humanidade, o festival de Woodstock, a chegada à lua e o milésimo gol de Pelé, marcado contra o Vasco da Gama em pleno Maracanã. Além do alvinegro, só jogou por mais um clube, O Cosmos de Nova Iorque onde encerrou a carreira. Ao longo de sua trajetória protagonizou acontecimentos tão marcantes quanto inusitados; em 1968, o Santos excursionava pela África foi convidado a jogar em Biafra, onde ocorria uma sangrenta guerra civil, Os dois lados envolvidos no conflito se deram trégua para ver o Rei jogar. Esse foi Pelé.

Certamente, muitos outros jogadores são famosos e igualmente respeitados no mundo inteiro. De Heleno de Freitas, passando por Domingos da Guia, Zito, Pepe, Falcão, Rivaldo, Cafu, Gérson, Roberto Carlos, um inúmero incalculável de atletas fizeram a alegria de milhões de torcedores. Mas deixemos estes relatos para outro momento. Até lá, talvez surjam outros nomes para o hall da fama.   

Sergio Rocha

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