Denílson e Leandro Almeida, a mudança de patamar do mercado de Malta

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Malta, uma ilha paradisíaca no Mar Mediterrâneo é um dos principais importadores de jogadores brasileiros do futebol europeu, mesmo que sejam nomes desconhecidos até mesmo por aqui, tanto que são poucos os casos retratados na mídia nacional, o contrário de dois últimos casos de transferência para o país: o volante Denílson e o zagueiro Leandro Almeida.

No dia 7 de agosto, o Sliema Wanderers anunciou a contratação do meio-campo com passagens por Arsenal e São Paulo. O atleta não entra em campo desde 15 de fevereiro de 2019, quando por 15 minutos entrou na partida entre Botafogo e Red Bull Brasil, pelo Campeonato Paulista, a única aparição pelo clube de Ribeirão Preto.

Onze dias depois, foi a vez do Hibernians anunciar mais um “famoso aquele”: o defensor Leandro Almeida, ex-Atlético Mineiro, Palmeiras e Dinamo Kiev. Em 2020, o jogador fez quatro partidas pelo Guarani. Desde as péssimas atuações pelo Palmeiras em 2016, o jogador virou um nômade do futebol brasileiro e decidiu partir para a segunda experiência fora do Brasil.

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As situações atuais e históricas dos clubes contratantes são diferentes. O Sliema é o maior campeão maltês, com 26 títulos, o mesmo número do Floriana, mas não vence a disputa desde 2005 e não disputa uma competição europeia há cinco anos. A última temporada foi de décima posição para os Azuis. O Hibernians tem 12 títulos, o quarto maior campeão, mas com dois títulos nacionais nos últimos cinco anos e apenas uma vez fora de competição europeia nas últimas nove temporadas.

As duas contratações fogem muito do padrão maltês que aposta muito em jogadores brasileiros, mas com carreira alternativa por aqui. Para se ter ideia, 46 brasileiros, segundo o oGol.com, passaram pelo campeonato na temporada passada, a nação com mais estrangeiros na liga por longe, pois Argentina e Itália na seguida tiveram 18, cada. Sendo que 11 dos 14 clubes tinham um tupiniquim no plantel, com destaque para o Sirens com sete jogadores daqui. Os clubes de Denílson e Hibernians contaram com dois três e dois brasileiros, respectivamente.

A partir da temporada 2008/09, o oGol.com conta com os registros completos dos elencos da BOV Premier League e o Brasil lidera a lista de estrangeiros desde então, com o número variando, conforme mostramos abaixo.

Arte: Felipe Augusto/Revista Série Z – Proibida a reprodução sem a devida autorização

Um fator que faz com que os brasileiros escolham Malta para jogar futebol são as semelhanças de clima e tipo de jogo, como nos contou Mandinho, meia que atuou no país em 2014, em uma entrevista em setembro de 2013. “O futebol maltês me parece mais parecido com o do Brasil, até pelo clima. Aqui é muito quente, então o ritmo é bem cadenciado. Aqui se dá mais atenção a técnica e o jogo é bem atrativo para o público”. Mandinho, hoje aposentado, jogou em três equipes maltesas, incluindo o último na carreira, em 2017, no Sliema Wanderers, por coincidência.

As duas chegadas podem mudar o cenário futuro do tipo de jogador brasileiro que chega até Malta. Pode parecer estranho pensar que Denílson e Leandro Almeida mudem o patamar de algum padrão, mas vale frisar que tratam de jogadores com muita experiência na Série A e mesmo que não caibam em clubes das duas primeiras divisões brasileiras, a realidade de Malta é diferente.

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