27 clubes do Anuário Placar 2004 que estão inativos – Parte #1

Em 2004, a Revista Placar publicou o segundo Anuário Placar com informações sobre o futebol mundial do ano anterior, além de trazer questões históricas sobre vários campeonatos que tinham se extinguido. Para esse que vos escreve, a publicação, que na época custou R$29,95, foi um presente de aniversário, guardado com maior apreço desde então. Por isso, entramos na história para conferir quais clubes com escudos mostrados não continuam no futebol, seja por licenciamento ou extinção.

Em três textos, mostraremos 27 clubes que estiveram em campo em 2003 que não estão no futebol profissional no momento. Há mais de 27 clubes licenciados, todos citados, mas o foco maior fica nessas histórias. De todos os campeonatos estaduais de 16 anos atrás, apenas o Carioca tem todos os clubes participantes ativos em 2019. Fora do Brasil, apenas um clube com “escudinho” apresentado não está ativo.

Nessa primeira parte, nossa viagem traz os clubes licenciados de Amazonas, Rondônia, Bahia, Maranhão, Sergipe, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais e Santa Catarina.

América – Amazonas

Hexacampeão estadual, o América foi a pior equipe do Amazonense 2003. A última conquista estadual foi em 2009, um ano antes de alcançar, dentro de campo, o acesso na Série D, mas perder a vaga no tribunal por escalação irregular. Jogou em 2011, mas se licenciou em seguida por problemas financeiros, sendo o único inativo dos seis clubes que participaram outrora.

Cruzeiro – Rondônia

Em 2008, o Cruzeiro foi reconhecido como Pior Time do Mundo após mais de três anos sem vitória. Cinco anos antes, o clube conquistou três triunfos em oito partidas do Rondoniense 2003 e quase se garantiu na semifinal. A última aparição da equipe foi em 2010 quando retornou à elite estadual após um hiato de quatro anos. Foi lanterna e nunca mais voltou ao futebol. Mais da metade dos clubes daquela edição (foram nove) não estão em atividade: CFA, Pinheiros, Shallon e Vilhena.

Cruzeiro – Bahia

Entre os campeonatos estaduais de 2003, o Baiano é o que mais tem clubes inativos atualmente, com oito de 13 equipes. O clube de Cruz das Almas subiu para a primeira divisão em 1998. Vindo de boa campanha em 2002, com um quarto lugar, o Cruzeiro não teve o mesmo sucesso em 2003, quando foi penúltimo colocado, sem nenhuma vitória em seis partidas. Foi rebaixado em 2004. Participou do Baiano Segunda Divisão em 2006, 2008 e 2012 (participou da Terceirona no mesmo ano) e nunca mais voltou. Camaçari, Catuense, Itabuna, Juazeiro, Palmeiras Nordeste, Poções e Serrano são os outros clubes licenciados.

Falcão – Maranhão

A história do Esporte Clube Falcão é esporádica. A equipe foi fundada em 2002 e conquistou o vice-campeonato do Maranhense Segunda Divisão no mesmo ano. O clube era gerido pela Associação Esportiva Brigadeiro Falcão, entidade sem fins lucrativos administrada pela Polícia Militar de São Luís. O Maranhense 2003 teve dois turnos, com três grupos de quatro clubes. Nas duas fases, o time ficou em terceiro no grupo, mas perdeu a vaga nas quartas na repescagem entre os piores terceiros. Acabou tendo que disputar o Torneio da Morte, onde ficou com a lanterna e encerrando as atividades com apenas oito meses de calendário. Caxiense, Santa Inês, São Bento e Viana completam a lista de inativos.

Riachuelo – Sergipe

O Campeonato Sergipano 2003 começou em 25 de janeiro e terminou em 10 de agosto, com três fases, todas no formato de pontos corridos. O Riachuelo, com seu escudo inspirado no Flamengo, disputou todos os 36 jogos, o máximo que seis equipes teriam direito. Nos dois primeiros turnos, a equipe terminou em sexto nos dois casos. Classificado para o hexagonal final, ficou em quarto lugar, bem longe da disputa pelo título. Desde 2011 que está fora do futebol profissional. O Lagartense é outro clube inativo, enquanto o São Cristóvão mudou para River Plate. Vale citar o caso do Sport Club Gararu que aparece no Anuário, mas não disputou a divisão, pois não colocaram de fato, o Maruinense. O Gararu, também, está inativo.

ARUC – Distrito Federal

A Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro é um dos clubes mais inusitados que o Brasil teve. O futebol foi a segunda prática da instituição, pois nasceu como escola de samba, sendo o maior campeão do Carnaval de Brasília, com 31 taças. Em 2003, o clube ganhou fama pelo goleiro Serjão, que tinha 153 quilos e era titular do time. A equipe ficou em 11º e penúltimo lugar, sendo rebaixada. Esteve ativa até 2005. Bandeirante, Brazlândia e Guará são os outros clubes que não disputaram competições em 2019. Vale destacar, que o Dom Pedro II virou Real e o Unaí virou Paracatu (que retornará à Unaí).

Santa Cruz – Mato Grosso

O Mato-Grossense 2003 tem mais da metade dos participantes inativos, com sete de 12 equipes. Um desses é o Santa Cruz Esporte Clube, de Barra do Bugres. O clube estava há dois anos na divisão. Em 2003, fez ótima campanha, quando chegou à semifinal (terceira fase). Só não garantiu vaga na final, pois o Barra que o eliminou lutava por dois resultados iguais. Ficou na primeira divisão até 2006 para depois não voltar aos gramados. Barra, Grêmio Jaciara, Juventude, Nova Xavantina, AA Sinop e Vila Aurora são os outros clubes inativos.

Nacional (Uberaba) – Minas Gerais

O Mineiro 2003 teve formato simples, com as 13 equipes se enfrentando em turno único e o melhor ao final das rodadas se sagrava campeão. Sem a presença do Uberaba, coube ao Nacional Futebol Clube representar a cidade. A participação no campeonato foi a 27ª  e última na história do Alvinegro, pois foi rebaixado na disputa. Posteriormente, foram sete participações em estaduais (uma na segunda divisão e seis na terceira), sendo 2015, o último ano de atividade. O Social e o Rio Branco são as outras equipes fora do desporto profissional.

Tiradentes – Santa Catarina

Do Catarinense 2003, metade dos clubes estão inativos: seis. Um desses é o Tiradentes Esporte Clube, de Tijucas, que atualmente funciona como clube social. A temporada 2003 foi a penúltima ativa do Azulão que se safou do descenso que não foi evitado no ano seguinte, que acabou se decidindo pela licença do quadro da FCF. Ao lado do Tiradentes, Alto Vale, Atlético Aichinger (ou Ibirama), Caxias, Lages e Tubarão são os outros licenciados.

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