Os maiores participantes da Série B sem Série A

*Atualizado em 2 de janeiro de 2022, às 21h32

A Série B é um sonho de consumo de todo torcedor de clubes de divisão inferior. É o vestibular para a Série A, atualmente, com formato igual, apesar do nível diferente. Em 2022, Brusque, Ituano, Novorizontino e Tombense são os clubes da divisão que buscam debutar na elite. Mas quantos clubes que passaram pela segunda divisão nacional por várias vezes nunca chegaram à elite nacional? É isso que a Série Z mostra nesse texto especial, seguindo a ordem de mais participações na Série B, porém sem Série A no currículo.

Nove participações

Mogi Mirim

Em 2003, Dênis Marques foi “capa” do Mogi Mirim no Guia do Brasileirão

Estranho, não? Pois é, o Mogi Mirim nunca disputou a Série A, mas chegou perto do acesso em três oportunidades: 1994 (7°), 1995 (3°) e 1996 (6°). Em 1995, a equipe ficou a quatro pontos do acesso, quando a dupla Atletiba subiu, foi a melhor campanha do Sapão no escalão. A primeira participação foi em 1989. Após as três boas participações nos anos 1990, a equipe foi rebaixada em 1997. Voltou a figurar entre 2002 e 2004, mas bem longe de sonhar com a subida. A última aparição foi em 2015, quando foi lanterna, o que marcou o começo da derrocada alvirrubra.

Oito participações

Oeste

Em 2020, quando foi rebaixado, o Oeste era o dono da liderança de temporadas consecutivas na Série B. O clube de Barueri (desde 2017) estava na divisão desde 2013, quando subiu como campeão da terceira divisão, quando ainda era de Itápolis. Em seis disputas, a equipe ficou três vezes em 15° lugar e três em 16° lugar. Em 2017, a equipe ficou por muitas rodadas no G4, mas sucumbiu ao final terminando no sexto lugar, a cinco pontos do ascendente Paraná.

Com 127 jogos, Marinho é o jogador com mais partidas pelo Oeste na Série B (Foto: ASCOM/Oeste FC)

Sete participações

Boa Esporte

Um dos casos mais alternativos do século, o Boa subiu à Série B como Ituiutaba, mas mudou-se para Varginha e trocou de nome. Entre 2011 e 2015, o clube teve duas ótimas chances de acesso. Na primeira participação, a equipe chegou a ficar no G4 em certo momento da última rodada. Em 2014, a situação era melhor, quando chegou na última rodada precisando vencer o rebaixado Icasa, mas perdeu de virada e os resultados dos outros jogos definiram a manutenção. No ano seguinte, foi rebaixado. Ficou apenas um ano fora da divisão até voltar em 2017, para ficar no meio da tabela, mas foi rebaixado no ano passado.

Marília

Em 1985, o Marília foi o lanterna do Campeonato Paulista, mas disputou a primeira Série B, quando terminou em décimo. Demorou um bom tempo para voltar: 2003. Na primeira participação, o MAC chegou ao quadrangular final que teve Palmeiras e Botafogo. Até 2007, o Tigre sempre apareceu na primeira parte da classificação lutando para subir, principalmente em no ano supracitado. Em 2008, a crise começou a pegar com o rebaixamento à Série C.

São Raimundo

Entre 2003 e 2006, o Guia do Brasileirão da Revista Placar sempre trazia como jogador-destaque do São Raimundo, o atacante Delmo. Ele participou das sete disputas de Série B em que o Tufão esteve, incluindo o Módulo Amarelo de 2000, oficiosamente considerada como a Série B. O clube nunca chegou a sonhar com o acesso. Chamou muita atenção pela força dentro de casa, onde sustentava a pontuação necessária para se manter na divisão, onde ficou até o fatídico 2006, quando caiu, mas venceu o Atlético Mineiro como ponto positivo.

Confira a matéria especial sobre a passagem do São Raimundo na Série B, clicando aqui!

Seis participações

Paulista

Faltou a Série A! Essa foi a conquista que faltou no currículo dos anos áureos do Paulista no meio da primeira década deste século, com vice-campeonato paulista 2004, título da Copa do Brasil 2005, participação na Libertadores 2006, mesmo ano em que perdeu o acesso à Série A para o América de Natal pelo número de vitórias. Essa era a quinta participação do Galo na divisão, um ano antes de cair para a Série C para nunca mais lembrar o que foi outrora.

Guarany de Sobral

Em 1986, o Guarany de Sobral participou do chamado Torneio Paralelo (à primeira divisão) que deu quatro vagas para elite do mesmo ano, tanto que os quatro classificados (Central, Criciúma, Inter de Limeira e Treze) não são considerados como campeões da Série B. Sem essa edição, o Guarany teria cinco participações na Série B e uma na Série A, mas aqui vamos considerar como segunda divisão. Tirando essa temporada, o Cacique esteve na segunda divisão nacional em 1971, 1972, 1981, 1983 e 2002. Este último, quando se classificou após a desistência do Malutrom e o time cearense havia ficado em 3° lugar na Série C 2001.

Cinco participações

Goiatuba

Goiás teve cinco clubes do interior na história da Série B. O Goiatuba foi o penúltimo a chegar na divisão, antes da Anapolina. A primeira participação veio em 1989, quando ficou na posição 62. Entre 1994 e 1997, a equipe ficou na Série B e foi rebaixada duas vezes, mas apenas a última valeu. A melhor participação foi em 1995 quando apenas não chegou na penúltima fase pelo saldo de gols e terminou na 11ª colocação.

O Goiatuba foi campeão goiano em 1992! Fizemos um texto sobre!

Ituano

Bicampeão da Série C com a conquista de 2021, o Galo vai para a quinta participação na Série B, todas neste século. As outras quatro aparições foram entre 2004 e 2007, quando veio da primeira taça da terceira divisão. Na primeira disputa, um trauma: o time precisava de um empate no quadrangular semifinal, em casa, contra o Fortaleza na última rodada para garantir vaga na fase final, mas perdeu para o clube cearense, que subiu junto com o Brasiliense, que também se classificou na chave. Em 2005, não conseguiu vaga na segunda fase, em 2006 fez campanha de meio de tabela na primeira edição de pontos corridos e foi rebaixado em 2007, com a lanterna.

União Rondonópolis

Até ser campeão mato-grossense, em 2010, o União passou por um trauma de nove vezes ter ficado como vice-campeonato estadual. Em 1975 e 1980, se fosse campeão, teria disputado a Série A, algo que não ocorreu em toda história do Colorado. Assim, a Série B (ou Taça de Prata) virava a opção. O time de Rondonópolis disputou a divisão em 1980, 1981, 1984, 1985 e 1989. A melhor campanha foi na segunda disputa, quando parou na primeira fase, mas apenas dois dos oito times da chave passavam. Terminou na 19ª posição e por um ponto não passou de fase, quando Anapolina e Bahia foram os classificados.

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