Resumão alternativo do Pan-Americano Lima 2019

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A Série Z Olímpica está de volta por aqui, com sete casos alternativos do Pan-Americano Lima 2019. Mesmo desvalorizado, há muitos atletas de alto nível na competição, mas eles não interessam tanto a nós… Nosso foco são nos alternativos. Vamos trazer a menor delegação, as nações sem medalha, as buscas por inéditas “cores”, os novos esportes, o retorno de uma modalidade, “Brasil sem medalhas” e os debutantes dos esportes coletivos.

Dominica, a menor delegação

Na Olimpíadas Rio 2016, Dominica era uma das nove nações com dois atletas, número menor apenas que Tuvalu com um atleta. A nação chega nesse Pan-Americano novamente com dois representantes, sendo a menor delegação de Lima 2019. O Atletismo será o esporte dominiquense na disputa continental com Thea LaFond, no salto triplo, e Dillon Simon, no arremesso de peso. LaFond representou o país em Rio 2016 e ficou na 37ª e última posição da competição. Não há informações maiores sobre Dillon Simon, mas ele disputou os últimos Jogos Pan-Americanos, onde ficou com o sétimo lugar. Thea LaFond, também, participou da última edição e tem como maior conquista a medalha de bronze nos Jogos da Commonwealth de 2018. A deleção dominiquense terá três atletas a menos que Toronto 2015.

A busca pela primeira medalha

Das 41 nações associadas a Organização Desportiva Pan-Americana (ODEPA), apenas dois países nunca conquistaram medalha em Jogos Pan-Americanos: Aruba e Ilhas Virgens Britânicas.

Será a nona participação de Aruba em Jogos Pan-Americanos. Causa até certa surpresa que seja uma das nações sem medalhas. A primeira participação arubana foi em Indianápolis 1987. Em 2019, a delegação terá 21 atletas em oito esportes, com destaque para o Boliche. Thashaina Seraus é a grande esperança de medalha. Ela que em Toronto 2015 ficou na quinta colocação geral. Se tivesse passado de fase garantiria ao menos o bronze, pois não há decisão de terceiro lugar na modalidade.

A história das Ilhas Virgens Britânicas tem uma edição de Pan a mais que a “companheira” Aruba: dez (contando Lima 2019). Serão quatro atletas em dois esportes (três no Atletismo e um na Vela) na delegação. A aposta fica para dois atletas: Chantel Malone (salto em distância) e Kyron McMaster (400 metros com barreira). Chantel foi quinta colocada no Pan 2015 e é atual prata dos Jogos Centro-Americanos e do Caribe, enquanto McMaster chega como campeão centro-americanos e do Caribe dos Jogos da Commonwealth no ano passado. A missão é difícil para McMaster que se de um lado não terá o atual campeão mundial em 2017, o americano Kerron Clement, encarará o americano TJ Holmes e o jamaicano Kemar Mowatt, finalistas da última edição do Mundial.

Para sair do zero

Um número inusitado do quadro geral de medalhas é que não há nenhuma nação com apenas uma medalha. São Vicente e Granadinas e Belize têm dois bronzes e em Lima 2019 busca a primeira medalha de prata e ouro. Santa Lúcia, também, busca a primeira medalha de prata, mas conta com uma de ouro e duas de bronze.

Onze nações buscam a primeira medalha de ouro: Barbados, Nicarágua, Paraguai, Bolívia, Haiti, Honduras, Granada, São Cristóvão e Névis, Dominica, São Vicente e Granadinas e Belize. Vamos ficar de olho para ver se o feito inédito ocorre em todos esses casos.

Os novos esportes

Surfe, Fisiculturismo e Basquete 3×3 (apesar de ser colocado no “guarda-chuva” do basquete) são as novidades da edição 2019 do Pan-Americano, sem contar novas provas adicionadas em várias modalidades, como duplas mistas no Squash. Dos três esportes, apenas o Fisiculturismo não será debutante em Tóquio 2020.

No Surfe, serão oito disputas (quadra para cada gênero): surfe, longboard e Stand Up Paddle (Race e Wave). Serão 88 competidores, com o Brasil tendo representantes em todas as categorias. Luiz Diniz e Nicole Pacelli (SUP Wave); Chloé Calmon e Wenderson Biludo (longboard); Lena Ribeiro e Vinnicius Martins (SUP Race) e Robson Santos e Karol Ribeiro (surfe) representam o país tupiniquim.

O Fisiculturismo terá a disputa de duas medalhas de ouro, com 16 mulheres e 16 homens. Serão 19 nações representadas, como Belize, Guatemala e Nicarágua. O Brasil terá os bodybuildings Juscelino Santos e Carla Lobo como representantes no esporte que julga a melhor composição muscular, analisando volume, simetria, proporção e definição muscular.

No Basquete 3×3, seis países em cada naipe disputam o primeiro torneio da história em Jogos Pan-Americanos: Brasil, Estados Unidos, República Dominicana, Venezuela, Argentina, Porto Rico (masculino) e Uruguai (feminino). As seleções foram definidas em novembro passado pelo Ranking FIFA. O Peru, anfitrião da disputa, não terá equipes na disputa.

A volta da Pelota Basca

Você conhece a Pelota Basca? Criado, como o nome diz, no País Basco (espanhol e francês), o esporte basicamente coloca os competidores sacando uma bola em uma parede, mais conhecida como frontão, e pode ser jogada com as mãos (manos), raquete, bastão de madeira ou cesta de ponta. Nas Américas, México e Argentina são as mais tradicionais, com os primeiros sendo campeões mundiais em 2006 e 2014 e os vizinhos conquistando em 1962 e 1974.

O esporte entrou no quadro pan-americano em 1995, voltou em 2003, foi disputada em 2011 e após ficar fora de Toronto 2015, resolveu-se o retorno da modalidade.

O Brasil terá um representante: Filipe Otheguy. Ele nasceu na França, mas representa o país na disputa do Mão Individual. Ele entrará em quadra no dia 4 de agosto, por volta das 12 horas.

O Brasil sem medalhas

Sem contar os esportes novos que entram nesta edição, o Brasil teve disputar medalhas em seis esportes onde nunca subiu ao pódio: Beisebol, Pelota Basca, Hóquei sobre grama, Golfe, Raquetebol e Softbol. Porém, apenas duas modalidades terão brasileiros nessa edição. Como dito acima, Filipe Otheguy disputa uma competição de Pelota Basca e serão quatro atletas no Golfe, com Adilson da Silva, Alexandre Rocha, Luiza Altmann e Nina Rissi. Vamos ficar de olho na busca pelo ineditismo.

Os debutantes dos esportes coletivos

São nove esportes coletivos no quadro pan-americano e em todos haverá estreantes. Não causa surpresa que o Peru lidere o número de debutantes, pois é a anfitriã e tem pouca tradição em esportes coletivos, exceto o vôlei feminino e futebol masculino. Os Incas estrearão no softbol masculino, vôlei masculino, polo aquático masculino e feminino, beisebol masculino, hóquei feminino, handebol masculino e feminino, futebol feminino e rugby feminino.

No Basquete feminino, teremos as estreias de Paraguai e Ilhas Virgens Americanas e no rugby, as seleções masculina da Jamaica e a feminina de Trinidad & Tobago entram no gramado pan-americano pela primeira vez.

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