Japão x Chile: a vitória da aceleração contra a velocidade

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Velocidade versus aceleração! Japão e Chile desde o começo da partida demonstraram qual proposta teriam no decorrer do encontro de estreia pela Copa América, no Morumbi. O começo foi melhor para a velocidade japonesa, que tem como grande símbolo, Shoya Nakajima que positivamente destoa entre os companheiros, com agilidade e ótima mudança de direção.

O tempo foi passando até que o Chile soubesse onde atacar. Era pela direita, com Maurício Isla. Reinaldo Rueda, treinador de La Roja, espetou o lateral quando atacava. Se esperava um Japão com três zagueiros e linha de cinco na recomposição, mas Hajime Moriyasu resolveu recuar Sugioka e levar o zagueiro Hara para a direita para neutralizar Alexis Sánchez. O que deu certo. Foi então, que o Chile passou a atacar mais com Isla. O time tinha a posse da bola, que passou muito por Aránguiz e Vidal até o momento certo de acelerar e Isla foi a principal arma, com cinco jogadas na linha de fundo no primeiro tempo, que teve final dominado pelos chilenos, onde Alexis conseguiu escapar da marcação e ter mais liberdade, com dois chutes perigosos.

Nakajima até se aproveitou da lacuna deixada por Isla, mas o jogo passou a rodar pelo campo, o obrigando a ficar mais centralizado para se aproveitar de uma bola longa e/ou transição ofensiva rápida para ser o jogador mais próximo ao gol. A pressão foi grande, mas o gol inaugural do Chile veio na bola parada, em cobrança de escanteio, quando Erick Pulgár subiu mais alto que a zaga japonesa e testou firme. Os primeiros 45 minutos terminaram assim, para alívio de Rueda, que teve seu nome vaiado quando anunciada a escalação no pré-jogo.

O segundo tempo parecia a extensão do final da etapa de início, com o Chile dominando as ações, com o trio Vargas, Fuenzalida e Alexis Sánchez se movimentando mais e Isla continuou com liberdade. Aos 10 minutos, o lateral recebeu a bola livre, rolou para trás e Eduardo Vargas chutou para ampliar o placar, com desvio da zaga nipônica. O Japão se lançou mais ao ataque e teve três ótimas chances que foram desperdiçadas por Nakajima, Kubo e Ayase Ueda.

O treinador do Japão resolveu tirar Nakajima, aos 21’, por exaustão. O Japão conseguiu chegar ao ataque, mesmo sem o principal jogador, mas continuou falhando, apesar do recuo chileno que se resguardou para aproveitar dos contra-ataques. Aos 37 e 38 minutos, o Chile definiu a partida, com gols de Alexis Sánchez e Eduardo Vargas – o segundo dele -, respectivamente. A goleada premiou a competência dos sul-americanos, pois no volume de jogo, os japoneses não mereciam um placar tão elástico. Foi a vitória da aceleração chilena contra a velocidade japonesa, com placar final marcando Chile 4×0 Japão.

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