
Se um ranking fosse feito no começo das Eliminatórias ao Mundial 2019 para apontar quem seriam as equipes que nunca disputaram com mais chances de debutar no campeonato, a África do Sul poderia ser primeira colocada. As Banyana Banyana bateram muito na trave neste século, incluindo o âmbito continental. Para se ter ideia, nestes últimos 20 anos, a África do Sul ficou fora dos quatro primeiros colocados da Copa das Nações da África apenas uma vez. Em uma região em que a Nigéria venceu 11 das 13 edições, a seleção sul-africana é a que mais vezes foi vice-campeã, incluindo a edição do ano passado.
Inusitadamente, nesta década, estiveram por duas vezes na disputa das Olimpíadas, em 2012 e 2016. Sempre com uma geração competitiva no continente, faltava alçar voos para fora. Para a estreia, a seleção mantém a base da Rio 2016, com 12 remanescentes, sendo cinco dessas que, também, estiveram em Londres 2012. As defensoras Nothando Vilakazi, Janine van Wyk e Noko Matlou; a meia Leandra Smeda e atacante Refiloe Jane estavam nos dois torneios olímpicos e foram chamadas para Mundial, sendo que estão entre as seis atletas com mais partidas pelo selecionado.
Desiree Ellis é treinadora da equipe nacional desde 2016. Treinou o time nas Olimpíadas e é uma das oito mulheres que técnicas do Mundial 2019. Ela chamou 15 jogadoras que atuam no futebol local, com três do Mamelodi Sundowns e duas, cada, do MaIndies, JVW e University of Pretoria. Aliás, a Liga Sul-Africana pela primeira vez tem jogadoras convocadas para uma Copa. O mesmo caso da Lituânia, país do Gintra Universitetas, que é pentadecacampeão lituano (15 títulos) e tem duas atletas na seleção Banyana.

A média de idade da equipe é 24,88 anos. Indo da jovem promessa Karabo Dhlamini, 17 anos, passando pela craque da equipe Thembi Kgatlana, melhor jogadora africana em 2018, com 23, até a experiente Noko Matlou, 33, que mostra a mescla de idade, podendo ser a única Copa de algumas, mas a primeira de outras.
Elenco e time-base
(4-4-2) | Andile Dlamini; Ramalepe, Vilakazi, Noko Matlou, Janine van Wyk; Holweni, Seoposenwe, Jane, Mthandi; Biyana e Mulaudzi
Jogo da classificação
27 de novembro de 2018 | África do Sul 2×0 Mali
As duas seleções disputavam a semifinal da Copa das Nações da África e quem vencesse garantia a vaga inédita no Mundial. Com um gol em cada tempo, as sul-africanas conquistaram a vaga no Mundial e na final continental.
Retrospecto contra os adversários
Na história, a África do Sul não tem registros de confrontos com a Espanha e Alemanha. Nas Olimpíadas Rio 2016, enfrentou a China, pela primeira fase, com derrota por dois gols a zero (imagem abaixo).

Pirâmide do futebol feminino nacional
- Única divisão: Sasol League – 144 equipes que iniciam a disputa divididas entre as nove províncias do país
Deixe uma resposta