Três perguntas para Roque Júnior, diretor de futebol da Ferroviária

Membro de um seleto grupo de jogadores que conquistaram Copa do Mundo, Liga dos Campeões e Libertadores, Roque Júnior se aposentou em 2010. Cinco anos depois, teve a primeira experiência como treinador pelo XV de Piracicaba e em 2017 comandou o Ituano. Nesse período, se especializou na área técnica e de gestão do futebol. Desde junho do ano passado é o diretor de futebol da Ferroviária.

Batemos um papo com o ex-zagueiro sobre como é estar nessa função em clube da quarta divisão nacional, logo após o time grená vencer o Maringá, por 2 a 0, fora de casa, pela terceira rodada da Série D 2019.

Como é ser diretor de um clube que está na Série D? Quais as dificuldades que enfrenta?

É um campeonato muito difícil, muito curto. Na verdade, são seis jogos para se classificar e depois é mata-mata. A gente tem que mudar todo elenco, normalmente, como nesse e no ano passado. Então, essas são as dificuldades.

Qual a situação estrutural e financeira da Ferroviária, atualmente?

Temos dificuldades. Claro que o objetivo (do clube) é estar na Série B em cinco, seis anos, mas passamos por dificuldades. Conseguimos dentro da gestão, com muito esforço, manter o pagamento de todos funcionários e jogadores. Investimos bastante na base, com bons jogadores, mas o grande gargalo é subir, é tentar subir para a Série C e depois para a B.

Muito se discute, o fato dos clubes grandes terem muitos jogos e os pequenos poucos jogos. Como você analisa esse cenário do futebol brasileiro?

É bem complexo. Como você disse aí: alguns lutam para ter menos e outros para ter mais. Tem que se sentar com todo mundo na mesa e se discutir mais profundamente esse calendário. Temos que ver, também, os times que querem jogar mais, que tem condição. O assunto é bem complexo. Eu não consigo te dar nenhuma resposta certeira, mas uma é que se tem que conversar.

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