A classificação do Togo para a Copa do Mundo 2006 foi uma das grandes histórias que as Eliminatórias já trouxeram. O ponto alto da seleção era Emmanuel Adebayor, que atuava na Inglaterra, foi artilheiro da qualificatória e responsável direto por levar a equipe nacional à Copa, comparável ao feito de Salah para a edição 2018 com o Egito, apesar da seleção do Norte ter melhores jogadores do que o Togo em 2006.
Entre os 23 convocados da seleção comandada pelo alemão Otto Pfister, jogadores que atuavam em inúmeros países e escalões nacionais diferentes, como Chipre, Arábia Saudita, quarta divisão italiana, divisões menores da França e a primeira divisão do Mali…
Ouro Tchagnirou, um dos goleiros da seleção, então com 28 anos, atuava no Djoliba, do Mali, um dos grandes clubes locais. Ao ser chamado para o Mundial – que era histórico para o Togo, que estreava na competição -, se tornou o primeiro (e único, até a Copa de 2018) jogador da história do campeonato malinês a ser chamado para uma Copa do Mundo. Sem poder ver a seleção local que tinha Seydou Keita e Kanouté como referências, o Mali teve algo a vivenciar, apesar da reserva que o goleiro ocupava.
Nas três partidas do Togo na Copa do Mundo 2006, o bom goleiro Kossi Agassa, que teve carreira estável na primeira divisão francesa, foi o titular. Ouro não entrou em campo, mas fez história apenas por ser convocado e relacionado. Ele teve apenas uma temporada no futebol togolês, quando atuou no AC Semassi, em 2001/02. No Mali, defendeu CO Bamako (2002-2004), Stade Malien (2005 e 2007-2010) e o Djoliba (2006), ganhando três títulos nacionais, todos com o Stade Malien. Em 2006, pela Copa das Nações Africanas foi titular na derrota para Angola, por 3 a 2, sendo a única partida dele em competições desse tipo, excluindo Eliminatórias.
Ele é o nosso primeiro personagem da nossa série especial “O 23°”, que relatará a história de jogadores alternativos que participaram da Copa do Mundo.
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