12 fatos sobre o Al-Wehda, o novo clube de Fábio Carille

Se a saída de Fábio Carille era dada como certa, a partir do final da semana passada, o time em questão mudou. O Al-Hilal era o provável destino do treinador campeão brasileiro de 2017, mas a rota mudou e ele irá treinar o Al-Wehda, clube com história na primeira divisão saudita, mas sem muitos momentos de sucesso. A Revista Série Z foi atrás de curiosidades da equipe, que trazemos abaixo, incluindo algumas correções que certos veículos mostraram.

Time de primeira divisão

A última década do clube é de dificuldade, com quatro participações na segunda divisão, mas a equipe historicamente pode ser chamada de “time de elite”. Nas 42 edições da Saudi Professional League, o Al-Wehda participou de 38 disputas. Não tem títulos da primeira divisão e poucas campanhas de destaque, sendo 27 ocupando da oitava colocação para baixo. A melhor participação foi em 2006/07, com o terceiro lugar no Campeonato Saudita.

As oito participações na segunda divisão

Fábio Carille assumirá um time recém-promovido à primeira divisão, vindo de uma oitava disputa nesse escalão. Em apenas uma oportunidade, a equipe não bateu e voltou de divisão. Em 1982/83, 1995/96, 2002/03 e 2017/18, a equipe ficou com o título; foi vice em 2011/12 e 2014/15; conquistou o acesso em 1980/81 e apenas não conseguiu a subida em 2014/15. Ao lado do Hajer, o Al-Wehda é o maior campeão da segunda divisão, com quatro títulos.

 

Comemoração do último título da segunda divisão saudita

O primeiro campeão da Copa do Rei

A King Cup é uma das copas da Arábia Saudita, fundada em 1956/57 e que teve um hiato entre 1991 e 2007. A primeira edição teve o Al-Wehda como campeão, ao vencer o tradicional Al-Ittihad, por 4 a 0, na final. Oito temporadas depois, o clube repetiu o feito ao vencer a edição 1965/66, por 2 a0, contra o Al-Ittifaq.

Quatro vices seguidos

Depois do primeiro título da Copa do Rei, o Al-Wehda enfrentou uma “zica”, pois entre 1957/58 e 1960/61 chegou na final da competição, mas perdeu todas as disputas, sendo três derrotas seguidas para o Al-Ittihad e uma para o Al-Hilal. Foi segundo colocado, também, em 1969/70.

O título da Copa da Arábia Saudita

A principal copa do país tem o Al-Wehda em seis finais, mas com apenas um título, conquistado em 1959/60 ao derrotar o Al-Shatea, por 2 a 0. Ficou com vice-campeonato em 1959, 1964, 1970, 1973 e 2011.

Brasileiros no Al-Wehda

Desde 2000, dez jogadores brasileiros passaram pelo Al-Wehda: o atacante Nei Bala (ex-Gama) em 2000; o zagueiro Cléberson (São Paulo e PSV Eindhoven) entre 2002 e 2004; o atacante Serginho (Corinthians, Vitória, Fenerbahçe) em 2003/04; o meia Harison (São Paulo, Ponte Preta, Guarani) em 2009; o meia Felipe Campos (CFZ) em 2009/10; o volante Vinícius Reche (Palmeiras, Mirassol, Estoril) em 2012/13 e meia Leandro Bonfim (Vasco, São Paulo, PSV Eindhoven) em 2014/15. Em 2016/17, na última campanha do clube na primeira divisão, três brasileiros faziam parte do elenco: o atacante Felipe Adão (Botafogo), o meia-atacante Anderson Oliveira (Cianorte e Maringá) e o meio-campo Rafael Carioca (categorias de base do Vasco).

Felipe Adão atuou por uma temporada no clube

Ivo Wortmann NÃO treinou o clube

Muitos veículos estão divulgando que Ivo Wortmann treinou o Al-Wehda, mas isso não ocorreu. Na verdade, ele treinou o Al-Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, inclusive, ele levou o atacante Josiel, artilheiro do Brasileirão 2007 para o clube. É um erro por parte de alguns veículos que está acontecendo.

Um resumo da história do clube

A equipe foi fundada em 1945, completando em 2018, 73 anos. O Al-Wehda Club tem como alcunha ser conhecido como os “Cavaleiros da Meca”, cidade considerada a mais sagrada do mundo para os muçulmanos. O clube joga no estádio King Abdul Aziz, com capacidade para 33.195 pessoas. É um dos fundadores da liga local e busca mudar de patamar com a contratação de Fábio Carille e jogadores renomados nacional e internacionalmente.

Clube poliesportivo

Se no futebol, a equipe não tem títulos de primeira divisão, isso não ocorre com o handebol e o vôlei, onde o clube tem três títulos nacionais. Em 2000 e 2010, a equipe de handebol ficou com o título saudita, enquanto o time de vôlei garantiu a taça em 2014.

Única participação internacional

Um dos objetivos, segundo Fábio Carille, é que o Al-Wehda se torne uma das forças asiáticas no futebol. Em toda a sua história, o clube nunca participou de uma edição da Liga dos Campeões da Ásia. A única participação internacional dos Caveleiros da Meca foi na Liga dos Campeões Árabes 2008/09, quando a equipe assumiu a vaga via Campeonato Saudita, após recusas de outros. A campanha foi eliminada na primeira rodada, onde perdeu para o USM Alger, da Argélia, com um 4 a 3 agregado.

Amistoso com o Bayern Munique

Em 12 de janeiro de 2009, o Bayern Munique fez uma excursão pelo Mundo Árabe para se preparar para a volta da Bundesliga. Entre os amistosos, um encontro foi contra o Al-Wehda. A equipe que era comandada por Jurgen Klinsmann foi com time titular para a partida e venceu por 3 a 1. Os gols dos alemães foram marcados por Ribéry, Borowski e Donovan e o tento de honra dos sauditas foi marcado por Al-Kuwaikabi

As contratações para mudar de patamar

Fábio Carille é o primeiro passo para o Al-Wehda subir degraus dentro e fora da Arábia Saudita. Sete jogadores estrangeiros poderão ser contratados para a formação do elenco que foi composto totalmente por sauditas na última temporada. Uma contratação foi feita antes mesmo de Carille chegar, trata-se do goleiro egípcio Mohamed Awad, que vem do Ismaily e está na pré-lista da seleção para a Copa do Mundo. O treinador confirmou em entrevista que irá à Europa conferir os amistosos da Arábia Saudita pré-Copa para olhar possíveis reforços. O mercado brasileiro deve ser agitado, também, pois Carille já confirmou que olha para o elenco do Corinthians como um possível foco para contratações.

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