Para os “chineses” do Brasil, o melhor é ficar por lá – #SérieZNaCopa2018

É inimaginável pensar a seleção brasileira atual sem Renato Augusto e Paulinho, dois meio-campistas que atuam na China, que foram cruciais na sequência invicta de Tite para a classificação à Copa do Mundo 2018. A ida até um futebol desconhecido fez com que se perguntasse (ou afirmasse) o que seriam dos dois em relação a seleção brasileira. Hoje, a presença dos dois na Copa do Mundo 2018 é certa. Além deles, o zagueiro Gil é outro que é chamado em convocações de Tite, mas a briga pela quarta vaga (levando em consideração Miranda, Marquinhos e Thiago Silva) de zagueiro está aberta.

Zagueiro continua em alta no Shandong Luneng (Foto: Divulgação/Getty Images)

Pode parecer estranho, mas a um ano da disputa do Mundial, o melhor para todos estes é que fiquem na China até maio de 2018. Pode parecer estranho, não é? Porém, o argumento que uso é de continuidade. Paulinho, é peça-chave no Guangzhou Evergrande, seu nome foi veiculado como um possível reforço do Bayern Munique, um time com um elenco fortíssimo, até se adaptar realmente a todo contexto, desportivamente poderia ter efeito negativo, apesar da confiança enorme de Tite.

O mesmo vale para Renato Augusto, do Beijing Gouan, e Gil, do Shandong Luneng, titulares das equipes e que fazem trabalho à parte para se manter em um nível alto, tendo inclusive, se apresentando antes de todos convocados em certas preparações. Pode parecer falta de ambição, mas a consequência pode ser melhor e maior para todos eles.

Jogo da classificação

28 de março | Brasil 3 x 0 Paraguai

Na verdade, a classificação da seleção brasileira foi definida em outra partida, que terminou na madrugada do dia 29 de março. No dia 28, o Brasil fez 3 a 0 no Paraguai e com isso dependia de uma derrota do Uruguai contra o Peru, o que ocorreu, 2 a 1, em partida iniciada às 23 horas.

Nível de alternatividade

Zero. Pentacampeão mundial, foco de toda mídia esportiva mundial e produtora de jogadores gigantes do futebol mundial. Nada alternativo. Foi difícil achar um foco para esse texto.

Time alternativo-aleatório

Bonsucesso Futebol Clube

(Foto: Divulgação/Show de Camisas)

O centenário clube da Zona Norte do Rio de Janeiro tem tudo a ver com essa postagem. É isso mesmo e por dois motivos.

O primeiro pelo incrível histórico de partidas contra seleções nos anos 1960, como por exemplo, jogos contra Chile, Bulgária, Síria, Jordânia, Líbano, Porto Rico e El Salvador.

O segundo por ser um dos primeiros clubes a exportar jogadores brasileiros para a China. Em 1995, a equipe era treinada por Jairzinho, o Furacão da Copa de 1970, o que chamou atenção de olheiros, que acabaram levando três atletas para o Sichuan Quanxing: o zagueiro Fabiano, o meio-campo Marcos e o meia-atacante Marmelo. O último registra que ganhava 100 mil dólares anuais, onde se tornou ídolo do clube. Ficou mais de oito temporadas no clube, além de um hiato onde atuou pelo Granghzhou Apollo (atual Evergrande).

Marcos, Marmelo e Fabiano com a camisa do Sichuan (Foto: Arquivo pessoal Marmelo/Reprodução UOL)

Jogo alternativo em Copa

A seleção brasileira coleciona belos confrontos alternativos em Copas, como contra a Bulgária, Marrocos, Nova Zelândia, Coreia do Norte e Argélia. Nós poderíamos escolher o confronto com a China em 2002, mas há um célebre encontro que merece ser citado.

Em 1974, o Brasil enfrentou o Zaire (atual RD Congo) em jogo que se tornou um dos mais memoráveis da história da competição. O Brasil vencia por 3 a 0, com gols de Jairzinho, Rivelino e Valdomiro, até que no final da partida, Mwepu Llunga estava na barreira, esperando uma cobrança de falta e eis que de repente corre em direção a bola e a chuta. Por muitos anos visto como um lance caricato, a história por trás era de desespero e medo pelo que os esperava no país de nascimento, como relatou o site  In Bed With Maradona, em texto traduzido pelo Sem Firulas.

A falta e Mwepu

Partida completa

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