[Série Z Olímpica] Como poderia ser o quadro de medalhas com os novos esportes olímpicos?

Antes mesmo de começarem as competições das Olimpíadas Rio 2016, os próximos Jogos já eram discutidos. Em 2020, as competições em Tóquio contarão com cinco novos esportes: beisebol/softbol, caratê, escalada esportiva, skate e surfe. Nesse clima olímpico, a Série Z embarca em outros esportes para fazer uma cobertura diferenciada do lado alternativo dos Jogos e para isso nada melhor do que falar das novidades da próxima edição, mesmo que o beisebol, skate e surfe não sejam os mais alternativos dos esportes.

Por isso imaginamos como poderia ficar o quadro de medalhas desses cinco esportes, caso estivessem em disputa na Rio 2016. Você deve ter percebido a conjugação verbo: “poderia”. Não dá para afirmar se os resultados que usamos como base se repetiriam novamente. É apenas um exercício de imaginação.

Beisebol e Softbol

No beisebol há dúvidas sobre o apoio da MLB sobre a participação dos atletas da liga nas Olimpíadas, mas vamos considerar a última competição de nível. A World Baseball Classic (WCB) passou a ser a maior competição do esporte e que desde a extinção da Copa do Mundo, o título da WBC vale como título mundial, mas nós iremos utilizar outra base nesse texto, a WBSC Premier12, uma competição idealizada para preencher o espaço entre os “clássicos mundiais”. Em 2015, a competição foi realizada no Japão e Taiwan e os três primeiros lugares ficaram com Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão.

O Campeonato Mundial é a competição mais importante do softbol e a última edição foi finalizada em 24 de julho de 2016, no Canadá. O título ficou com os Estados Unidos e com o pódio sendo completado com o Japão e Canadá. O Brasil participou da edição, ficando em um honroso 11º lugar.

Caratê

Se o caratê fizesse parte do Jogos de 2016, o Brasil teria boas chances de medalha, já que em 2014, a delegação contou com 15 atletas no Campeonato Mundial de Berlim, sendo que as maiores delegações contaram com 16 atletas. Além disso, duas medalhas foram garantidas: o ouro de Douglas Brose (Kumite -60kg) e o bronze de Vinícius Figueira (Kumite -67kg).

No quadro de medalhas do evento, o Japão e o Egito foram os melhores, com três medalhas douradas. Os japoneses ainda conquistaram duas pratas e cinco bronzes e os egípcios duas pratas e um bronze. Na sequência aparecem França (2 O [ouro], 3 P [prata], 3 B [bronze]), Turquia (2 O, 3 B), Alemanha (1 O, 3 P, 3 B), Irã (1 O, 2 P, 2 B), Itália (1 O, 1 P e 2 B), Espanha (1 O, 4 B), Brasil, Geórgia (1 O), Malásia (1 P, 1 B), Holanda e Noruega (1 P), Ucrânia (2 B), Áustria, Bósnia, Rússia, Suíça e Venezuela (1B).

Vale lembrar, que assim como no judô, o caratê premia dois atletas com a medalha de bronze. A próxima edição do Campeonato Mundial ocorre entre os dias 25 e 30 de outubro de 2016, em Linz, Áustria.

Douglas Brose já tem o título mundial e pan-americana, agora quer o olímpico (Foto: Divulgação/USA Today Sports)
Douglas Brose já tem o título mundial e pan-americana, agora quer o olímpico (Foto: Divulgação/USA Today Sports)

Escalada esportiva

Sem dúvidas, o mais alternativo dos novos esportes olímpicos, a escalada olímpica é praticada em um paredão artificial, com três categorias: boulder, dificuldade e velocidade. O Campeonato Mundial (bienal) e a Copa do Mundo (anual em etapas) são consideradas as mais importantes disputas do esporte no mundo, mas pela periodicidade e pela importância, o Campeonato Mundial será usado como base aqui.

Em 2014, o campeonato foi dividido em duas sedes com categorias diferentes, realizadas em Munique (Alemanha) e Gijón (Espanha). A República Tcheca foi a que conquistou mais ouros: duas. A Alemanha ficou com a melhor campanha geral, com três medalhas: uma de ouro e duas de prata.

A sequência foi composta por: Rússia (1 O, 1 P), Coreia do Sul e Ucrânia (1 O), Polônia (1 P, 1 B), Espanha e Estados Unidos (1 P), Japão (2 B). Eslovênia, Irã e Áustria (1B).

Skate

Ainda há dúvidas sobre quais categorias farão parte do quadro olímpico, mesmo com informações extraoficiais que serão o street e o park. Isso mesmo sem o vertical (ou vert)! Aqui colocaremos os três na disputa, apenas para simularmos. A principal competição do skate ocorre dentro dos X Games, que nesse ano foi realizado em Austin (EUA), pela terceira vez seguida, entre os dias 2 e 5 de junho. O Brasil foi bem, com dois títulos: Pâmela Rosa (street) e Pedro Barros (park). O que deixou o Brasil na liderança “dourada”. Os Estados Unidos não conseguiram nenhum título, mas ficaram “quatro pratas” e “cinco bronzes”. Japão (1 O, 1 P), Canadá e Reino Unido (1 O) completam a lista.

Pâmela Rosa é uma das esperanças de medalha em Tóquio 2020 (Foto: Phil Ellsworth/ESPN)
Pâmela Rosa é uma das esperanças de medalha em Tóquio 2020 (Foto: Phil Ellsworth/ESPN)

Surfe

No surfe, o Brasil também seria candidatíssimo a medalha. O Circuito Mundial está em andamento, com liderança do australiano Matt Wilkinson, no masculino, e da compatriota Tyler Wright, no feminino. Aqui iremos considerar o último circuito finalizado. Em 2015, o Brasil foi campeão no masculino, com o título de Adriano de Sousa, o Mineirinho, e o terceiro lugar de Gabriel Medina. Mick Fanning, da Austrália, ficou com o vice-campeonato. No feminino, a campeão foi a havaiana Carissa Moore. Como sabemos, o Havaí não é independente e associado ao Comitê Olímpico Internacional, mas a deixaremos no quadro de medalhas (obviamente que a atleta poderá disputar pelos EUA, mas como não sabemos se ela realmente irá defender o país, o que é provável, resolvemos por deixar dessa maneira. Para não ter problemas, adicione uma medalha de ouro aos Estados Unidos, se assim desejar). O pódio foi completado pela americana Courtney Conlogue e pela australiana Sally Fitzgibbons.

Quadro geral

Feito isso, chegamos ao número de 27 países que poderiam conquistar medalhas nas competições (excetuando-se o Havaí). Brasil e Japão dividiriam a liderança com quatro ouros, cada, mas com os japoneses com mais medalhas no geral, 16 a 6. Confira abaixo, o quadro completo.

Quadro de medalhas imaginário dos cinco novos esportes olímpicos caso fossem disputados em 2016 (Arte: Felipe Augusto/Série Z)
Quadro de medalhas imaginário dos cinco novos esportes olímpicos caso fossem disputados em 2016 (Arte: Felipe Augusto/Série Z)

Veja a nossa quinta edição da Revista Série Z, com um especial sobre as Olimpíadas Rio 2016

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