*Atualizado em 23 de outubro de 2023
Competições como os Jogos Pan-Americanos e as Olimpíadas deixam o futebol masculino em um plano inferior, meio perdido, pois ao contrário das outras modalidades, as equipes que a disputam não são as principais e o torneio é mal ranqueado entre os mais importantes. É o contrário do futebol feminino, que conta com as jogadoras habituais, mas no Pan é uma coisa, nas Olimpíadas, é outra e, talvez, futuramente o Mundial passe a ser mais relevante ainda mais pelo marco da edição 2019 e 2023.
O futebol é esporte “pan-americano” desde a primeira edição, em Buenos Aires 1951, para os homens, e 48 anos depois foi a vez das mulheres disputarem, em Winnipeg. As competições de futebol já contaram com 46 seleções, sendo 29 masculinas e 17 femininas. Dentre estes, oito seleções, quatro femininas e quatro masculinas, participaram de apenas uma edição do torneio. A Revista Série Z conta como foram as participações destas seleções.
Santiago 2023
Historicamente, seleção feminina mais fraca da América do Sul, a Bolívia se beneficiou da desistência da Venezuela faltando 11 dias para o início do torneio. A seleção terá apenas 16 jogadoras, sendo 13 chamadas da liga local, com o adendo de Érika Salvatierra, que joga na Espanha, maior jogadora da história da equipe nacional

Lima 2019
La Blanquirroja não tem tradição no futebol feminino. Se dependesse do campo, o Peru ficaria longe da vaga, pois foi a penúltima colocada da última Copa América. A vaga veio por ser sede dos jogos. Historicamente, as melhores campanhas na modalidade foram um terceiro e quarto lugar na Copa América 1998 e 2003, respectivamente, e o terceiro lugar no Sul-Americano Sub-20 de 2006.

Rio de Janeiro 2007
A nova edição do futebol feminino pan-americano fez com que Jamaica, Panamá e Paraguai (que participaram dos jogos no Brasil) deixassem o Uruguai como a seleção com apenas um Pan-Americano. O Uruguai estava no grupo A, fez apenas um ponto, quando empatou com a Jamaica, pela terceira rodada. Foi o único ponto uruguaio, que tomou 16 gols em quatro jogos, incluindo um 7 a 0 do Canadá e 4 a 0 para o Brasil.
Santo Domingo 2003
Era a segunda edição da disputa do futebol feminino e desde então, o Haiti não voltou. A competição contou com apenas seis seleções, divididas em dois grupos de três. O Haiti, no grupo A, foi eliminado com um gol marcado e duas goleadas, 5 a 0 para o Brasil e 4 a 1 para o Canadá, a pior seleção da modalidade.
Havana 1991
Foi na terra de Fidel Castro, que o Suriname fez sua única participação no futebol masculino. A seleção chegou na última rodada, com chances de classificação, bastava vencer Honduras, mas o empate em 1 a 1 brecou a classificação, pelo número de gols marcados. Na primeira rodada, a seleção perdeu para os EUA, por 1 a 0 e venceu o Canadá, por 3 a 1.
San Juan 1979
San Juan é a capital de Porto Rico e foi assim, que a seleção nacional conseguiu a classificação para a disputa do futebol masculino. Na primeira fase, a seleção porto-riquenha estreou com derrota para os EUA, por 3 a 1. Na segunda rodada, os americanos meteram 6 a 0 na República Dominicana. Um empate bastava para a classificação na última rodada, mas pelo placar mínimo, a vitória veio.
O Brasil, campeão daquela edição, enfrentou Porto Rico na segunda fase e venceu por 5 a 0. Sem chances de classificação, enfrentou a Costa Rica e tomou outra goleada, desta vez, por 4 a 0.
Cali 1971
Dois anos antes da independência, Bahamas disputou o campeonato masculino de futebol do Pan, como território britânico. A estreia foi boa: 4 a 2 para cima da República Dominicana. Depois? Só tomou goleadas: um 6 a 0 contra a Colômbia e um 5 a 0 para o Canadá.
Cidade do México 1955
Dissolvida em 2010, as Antilhas Holandesas possuem o maior feito entre as “seleções de um Pan só”: a medalha de bronze em 1955. Eram outros tempos! A competição contou com apenas quatro equipes, que disputaram em dois turnos quem conquistaria as medalhas em disputa.
No primeiro turno, duas derrotas: 4 a 2 (Argentina) e 3 a 2 (Venezuela). Na segunda rodada, uma “zebra”, vitória por 3 a 2 contra o México. No returno, nova derrota para a Argentina (2 a 1), “vingança mexicana”, com derrota por placar mínimo. Este jogo poderia manter viva a esperança da medalha de prata, mas não foi possível. No confronto pelo bronze, vitória sobre a Venezuela, por 3 a 1.
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