Osmair; Clein, Badu, Piu e Carlos Eduardo; Vavau, Ricardinho, Mariozan e Rogerinho; Michel e Samuel. Nomes que marcaram o futebol do Acre. Em 2006, esses 11 jogadores entraram em campo e quebraram uma marca: pela primeira vez um clube do interior acreano se tornava campeão estadual. A ADESG de Senador Guiomard foi a responsável pelo feito.
Já em 2005, a equipe havia feito boa campanha, com o vice-campeonato da competição. Naquele ano, Marquinhos Bahia era o treinador. Na formação do elenco, o brasiliense apostou em 11 jogadores do campeonato de sua terra natal. Deu certo! Assim, o modelo foi repetido.
Beneficiado pelo curto período de disputa do Brasiliense 2006, Marquinhos novamente apostou na “base do Candangão” e trouxe de lá, conforme demonstra o blog História do Futebol Brasiliense, sete jogadores: Osmair e Mariozan, jogaram no Gama; Clein e Carlos Eduardo, eram do Bandeirantes e do Dom Pedro II vieram três, Piu, Ricardinho e Michel.
No dia 26 de março, os oito clubes daquela edição iniciavam a disputa do Estadual divididos em dois grupos de quatro equipes, que se enfrentavam dentro do grupo, onde os dois melhores passavam de fase, até chegarem ao final do turno. A fórmula foi repetida no segundo turno, exceto, os confrontos, já que as equipes enfrentavam os clubes da outra chave.
No primeiro turno, vitória sobre o Juventus, por 4 a 0; empate com o Independência em 1 a 1 e vitória sobre o São Francisco, 1 a 0. Líder do grupo, a equipe enfrentou o Andirá na semifinal e venceu apertado: 3 a 2. A final foi conturbada, com quatro expulsões, duas para cada lado, contra o Rio Branco. No tempo regulamentar, um empate de 1 a 1. A disputa foi para as penalidades e por 8 a 7, a vaga na final foi garantida.
O segundo turno começou quatro dias depois, com vitória do clube sobre o Atlético, por 2 a 1. No segundo jogo, empate sem gols, com o Vasco. Nas duas últimas rodadas vitórias sobre Andirá (2 a 1) e Rio Branco (2 a 0). Novamente líder, a equipe teve pela frente dessa vez, o Vasco. O empate da primeira fase se transformou em goleada na semifinal: 4 a 0.
No dia 28 de maio, a ADESG disputava a chance de ser campeão direto do Acriano, já que havia vencido o primeiro turno. A final foi contra o Independência. Não houve chances para o tricolor. Aos 43 minutos da etapa inicial, Michel abriu o placar. No segundo minuto do segundo tempo, Rogerinho ampliou e Michel, meia hora mais tarde fechou o placar e a história foi feita. ADESG campeã acriana de 2006.
O Leão do Quinari, como é conhecido, terminou o campeonato de forma invicta, com oito vitórias e três empates. Teve o melhor ataque, com 23 gols e a melhor defesa, com seis. O Naborzão, estádio do clube, infelizmente, só foi utilizado duas vezes na campanha, devido a formulação da tabela. Os jogos contra o Juventus (primeiro turno) e Vasco (primeira fase do segunto turno) foram efetivamente em casa. Os outros jogos foram realizados no José de Melo, em Rio Branco.
O título rendeu ao clube, vaga na Série C do mesmo ano, onde foi eliminado, logo na primeira fase, no grupo 1, ao lado dos classificados Tuna Luso e Rio Negro (AM). O jogo contra o Rio Negro, pela última rodada rendeu uma reportagem especial da ESPN Brasil.
A taça também rendeu a disputa da Copa do Brasil 2007, onde a equipe foi eliminada na primeira fase, mas conseguiu levar a partida para o Maracanã, já que enfrentou o Fluminense. Na primeira partida, derrota por 2 a 1, com gol “salvador” de Diego, aos 34 minutos do segundo tempo. No jogo de volta, o clube conheceu o Maracanã e levou 6 a 0, do então campeão daquela edição.
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