Não importa o tamanho do clube, ele sempre terá uma torcida. O Anagennisis Derynia, do Chipre, fundado em 1920 é o segundo clube mais velho em atividade no país (só perde para o Anorthosis Famagusta, que foi fundado em 1911), mesmo assim, disputou apenas seis edições da primeira divisão, mas isso não impossibilita a paixão e as histórias de um torcedor: Andreas Paul.

Paul é torcedor de estádio, acompanha o clube de perto e na internet também, ele é administrador de um perfil no Facebook voltado aos torcedores do clube, o Anagennisi DeryneiasFans. Segundo ele, seu papel é representar todos os fãs do Green Tifiozi, apelido do clube.
Atualmente, o Anagennisis disputa a segunda divisão e ocupa a terceira posição, a um ponto do vice-líder, o Othellos Athiennou, e da zona de acesso. Ele conta como está a expectativa pelo acesso “Os fãs estão muito satisfeitos com o resultado de hoje (neste sábado, 29, o clube venceu o Omonia Aradippou, por 2 a 0). Vencemos e agora temos que lutar em mais uma final contra o Othellos, no próximo sábado. Mais uma vitória e a promoção está muito, muito perto!”
Apaixonado pelo clube, ele elogia o elenco atual, que tem duas rodadas para recolocar a equipe na elite: “Todos os jogadores são muito bons e ‘lutadores’. O primeiro goleador é Andreas Kyprianou com 16 gols”. O jogo inesquecível para ele, foi o do acesso à First Division em 2011, contra o próprio Omonia Aradippou.
A última vez que o clube disputou a elite cipriota foi na temporada 2011/12, quando foi rebaixado. Na então temporada, o mundo conheceu o APOEL Nicosia, mas o que isso tem a ver com o Anagennisis? Tudo. Dez dias antes do APOEL enfrentar o Real Madrid, pelo primeiro jogo das quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa, a cidade de Derynia, recebeu o observador do clube merengue, José Manuel Ferreira de Morais, para observar seu adversário. E quem estava lá, Andreas Paul, que acompanhou a derrota de seu clube por 2 a 1.

Andreas não é torcedor à toa, ele já jogou pelo clube, na equipe sub-21, mas decidiu largar pelos estudos, mas o amor pela camisa verde e branca continua: “Anagennisis é a nossa vida! É um modo de vida!” Um torcedor fanático e ansioso pela elite.
O futebol cipriota e o brasileiro
Andreas também falou sobre o futebol local e sobre o Brasil. O Chipre desenvolveu seu futebol, mas ele teme o futuro. “A entrada do APOEL, Anorthosis, AEK e Apollon na fase de grupos daLiga dos Campeões e Liga Europa (provocaram o crescimento do futebol). Mas infelizmente, agora a situação é muito difícil, devido à crise econômica”. De acordo com ele, as contratações de estrangeiros podem sofrer uma baixa, especialmente nos clubes pequenos.
Ele, como boa parte dos dirigentes cipriotas, gosta do futebol brasileiro: “Eu gosto, com certeza e também acho que o Brasil vai lutar para ganhar a Copa do Mundo. Gosto do Hulk, Neymar e Dani Alves. Eu conheço muitos clubes, (como) Grêmio e Fluminense”. Nenhum brasileiro passou por lá e ele não tem em mente nenhum que possa desbravar Derynia.
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