Mais que um acesso

Comemorar, verbo que virou rotina no Sampaio Corrêa.
Comemorar, verbo que virou rotina no Sampaio Corrêa.

Quando a Série D 2012 acabou, o futebol brasileiro percebeu que um clube deu um primeiro passo para a ascensão: o Sampaio Corrêa. Clube o qual garantiu o acesso em seu primeiro ano após a Série D.

O Sampaio disputou a primeira edição da Série C reformulada, em 2009, mas acabou rebaixado em um grupo onde o segundo colocado fez três pontos a mais que sua pontuação.

Nas três temporadas seguintes disputou a Série D e em todas oportunidades conseguiu passar da primeira fase, mas nas duas primeiras participações não teve chance de disputar o acesso. Em 2013, a história foi diferente e sem perder nenhum jogo acabou conquistando o acesso. O clube do Maranhão se tornou o primeiro clube a ganhar três divisões diferentes do Brasileirão.

Desde 2007, o clube tem calendário no segundo semestre, algo atípico nas divisões inferiores do futebol brasileiro. Mais do que isso, a base que conquistou o acesso para a Série B vem desde 2010, um ano após ser rebaixado para a Série D. Daquele elenco continuam no clube: o goleiro Rodrigo Ramos; os zagueiros Johildo e Germano; o volante Eloir e o meia Kléo, além de remanescentes de 2011, como Robson Simplício, Arlindo Maracanã e Celio Codó.

A base mantida fez com que o entrosamento fosse peça-chave na conquista do ano passado. Medida certa no planejamento do clube.

A ascensão lembra muito o Atlético Goianiense, que em 2008 venceu a Série C e no ano seguinte conseguiu o direito de disputar a Série A, onde ficou por três anos.

O Sampaio lembra muito o clube goianiense, resta saber se o pulo para a Série A irá acontecer.

A torcida é outro ponto importante nessa conquista. Os jogos no Castelão beiram a capacidade máxima de seus 40 mil lugares. O fato é tão impressionante, que no ano passado garantiu ao tricolor a quinta melhor média de público entre todas as divisões, número repetido neste ano.

Essa pujança mostra o nível acima que se encontra o Bolívia quanto aos demais clubes do estado. A geografia louca feita pela CBF exclui o estado do futebol nordestino, incapacitando-o de disputar a Copa do Nordeste, sucesso de público, o que com certeza tem e teria, o Corrêa. O Estadual local, junto com o Piauí está excluído da competição, que acaba sem mídia por todo ano. O feito do clube é grandioso pelo cenário local.

Maior campeão maranhense, com 30 taças, o Sampaio Corrêa irá disputar a Série B pela 12ª vez e não disputa a Série B desde 2002, sendo o último clube maranhense a estar nesta divisão. Em 1986, o clube disputou sua última Série A, coincidentemente, a edição que marcou o fim da desorganização total do certame.

A conquista do Sampaio brinda o planejamento, a base e a torcida. Recoloca um clube de massa na segunda divisão e também, um novo estado no mapa da Série B. Fatores que impulsionam ainda mais o acesso. Em 2014, os olhos estarão voltados para o Sampaio e para o futebol maranhense.

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