Ontem teve início a Gold Cup, a mais importante competição entre seleções da CONCACAF. México, maior vencedor do torneio (6 títulos) e EUA, segundo maior vencedor (4 títulos) são os favoritos novamente.
O calendário dificulta a convocação de atletas que atuam na Europa. Dempsey (EUA); Hernandéz e Dos Santos (México); Bryan Ruiz (Costa Rica); Palacios e Figueroa (Honduras) não estarão na competição, além do zagueiro panamenho Baloy, que já atuou pelo Grêmio e Atlético Paranaense.
A competição está esvaziada de grandes nomes, mas é de suma importância. O campeão deste ano enfrenta o vencedor da próxima edição (de 2015) por uma vaga na Copa das Confederações de 2017.
A decepção desta edição fica por conta da ausência da Jamaica, única seleção do hexagonal final das Eliminatórias local que está fora da disputa.
México e EUA são os favoritos, mesmo com o primeiro passando por uma má fase. Costa Rica, Honduras e Panamá podem surpreender, as três seleções estão lutando pela vaga na próxima Copa do Mundo.
Trinidad e Tobago e Canadá esperam recuperar o sucesso de outrora. O Canadá foi o único que quebrou a dinastia México/EUA e conquistou a Copa Ouro, em 2000. Trinidad e Tobago tenta se recuperar da decepcionante campanha nas Eliminatórias quando acabou eliminada logo na segunda fase (são quatro fases) e recuperar o futebol que a levou a inédita disputa da Copa do Mundo em 2006.
El Salvador não tem grandes pretensões.
Cuba, Haiti, Martinica e Belize: casos à parte
Falar que El Salvador é uma grande seleção seria absurdo, mas essas quatro merecem uma atenção especial.
Cuba vive uma promissora fase futebolística. Provavelmente não será desta vez que terá relativo sucesso, mas o país garantiu vaga no Mundial Sub-20, mesmo sendo eliminado na primeira fase prepara um time para tentar algo diferente no continente.
O Haiti foi destaque no período “pré Copa das Confederações”, derrota por apenas 2 a 1 contra a Espanha e empate contra o time reserva da Itália. Vale a pena ficar de olho nos haitianos.
Um caso à parte é a Martinica. O “país” é um território ultramarino pertencente à França. A ilha é filiada a CONCACAF, mas não a FIFA. Vários martiniquenses se tornam jogadores da seleção francesa, um fator que a França usa para que a Martinica continue apenas na confederação local. O destaque do elenco é o atacante Piquionne, ex-West Ham.
Quem rouba a cena desta vez, é Belize. Pela primeira a vez a seleção do país se classifica para a Copa Ouro. O futebol local vem crescendo. Uma boa campanha nas Eliminatórias comparada com as anteriores deu ânimo para o selecionado alcançar a vaga no qualificatório para a Gold Cup. Shane Orio, goleiro do Marathón (Honduras) é o mais experiente do grupo.
História: uma competição cheia de curiosidades
A edição 2013 será a de número 12. Em todas as edições os EUA foram sedes. Em duas oportunidades o México recebeu o certame, mas sempre com os EUA.
A competição nasceu da extinta CONCACAF Championship que reunia as melhores seleções do continente entre 1963 e 1989. México e Costa Rica venceram três vezes o então torneio. Guatemala, Haiti, Honduras e Canadá conquistaram uma vez a Championship.
No atual modelo, o México é o maior vencedor com 6 títulos, EUA têm 4 títulos e o Canadá tem uma taça.
A Copa Ouro ficou conhecida pela participação de seleções de outras confederações. Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Coreia do Sul e África do Sul já disputaram a taça da CONCACAF.
A confederação local é dividida em três regiões: América do Norte, América Central e Caribe, as duas últimas têm um confederação que organiza campeonatos de seleções e clubes.
Essa divisão determina o número de seleções na Gold Cup. A América do Norte tem privilégio, os três países disputam automaticamente a competição. A América Central manda cinco representantes, enquanto o Caribe, quatro.
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